A Carreta da Saúde, uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Laboratório Novartis, que visa o combate à hanseníase, começou a atender hoje a população do bairro Santa Isabel. Até o próximo dia 8, a carreta estará em outros quatro bairros da Capital, promovendo a detecção e o tratamento da doença.

A hanseníase é uma doença infecciosa que coloca o Brasil em 2º lugar no ranking dos países com mais casos novos. E nesse contexto, Mato Grosso é considerado um Estado hiperendêmico em hanseníase pelo Ministério da Saúde, com 2.450 novos casos registrados em 2012.

Em Cuiabá, cidade com maior número de casos no Estado, existem atualmente 445 pacientes em tratamento e, de acordo com o secretário-adjunto de Assistência da Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Santos Silva, toda a rede de saúde de Cuiabá está equipada para fazer o diagnóstico da doença e a distribuição de medicamentos.

“Temos investido muito na capacitação dos profissionais para prevenir e tratar a hanseníase, um trabalho que envolve preparação teórica e prática nas nossas unidades mais próximas das comunidades”, afirmou.

Ele disse ainda que as equipes da rede municipal de saúde têm intensificado a busca ativa por novos casos já que, estatisticamente, podem existir três outros casos para cada um diagnosticado.

Segundo Fernando, a Carreta da Saúde vai colaborar muito nesse esforço que o município realiza no combate à doença.

O caminhão itinerante patrocinado pela Novartis possui cinco consultórios e um laboratório para diagnóstico e distribuição e remédios. Com o apoio do Ministério da Saúde, a iniciativa já diagnosticou mais de 1.950 casos em 137 cidades brasileiras.

Além do bairro Santa Isabel, que está sendo atendido hoje, a Carreta da Saúde estará amanhã (05) na Praça do Caic, do Pedra 90. No dia 06 é a vez do bairro Planalto, e depois CPA I (dia 7) e Jardim Vitória, no dia 8. Em todos esses bairros haverá apoio das unidades de saúde mais próximas.

Sobre a hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae, parasita intracelular, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar.

Os sintomas são sensibilidade ou dormência nas extremidades, manchas brancas ou avermelhadas na pele, febre e mal estar. A doença tem cura. O tratamento é feito por meio de antibióticos com duração de 6 meses a 1 ano.