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17 de Maio de 2011 09h06

Trânsito seguro, dever de todos

17/05/2011

*Jackson Messias é agente de trânsito-Diretor de T

 Jackson Messias*

A segurança no trânsito é um problema atual, sério e mundial, mas absolutamente urgente no Brasil e prioritário
em Cuiabá. A cada ano, mais de 33 mil pessoas perdem a vida e 400 mil tornam-se feridas ou inválidas em ocorrências de trânsito. Nossos índices de fatalidade na circulação viária são bastante superiores àos dos países desenvolvidos e representam uma das principais causas de morte prematura da população economicamente ativa.

As ocorrências trágicas no trânsito, grande parte delas previsíveis e, portanto, evitáveis, consideradas apenas as ocorridas em áreas urbanas, causam uma perda da ordem de 5,3 bilhões por ano, valor esse que, certamente, inibe o desenvolvimento econômico e social do país.

Desde a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro – CTB em 1997, houve um despertar de consciência para a gravidade do problema. No entanto, o estágio dessa conscientização e sua tradução em ações efetivas ainda são extremamente discretos e insuficientes para representar um verdadeiro enfrentamento da questão.

Para reduzir as ocorrências e implementar a civilidade no trânsito, é preciso tratar o problema como uma questão multidisciplinar que envolve problemas sociais, econômicos, laborais e de saúde, em que a presença do Estado de forma isolada e centralizadora não funciona.

O verdadeiro papel do Estado é assumir a liderança de um grande e organizado esforço nacional em favor de um trânsito seguro, mobilizando, coordenando e catalisando as forças da  sociedade como um todo.

A educação para o trânsito tem como mola mestra a disseminação de informações e a participação da população na resolução de problemas, principalmente quando da implantação de mudanças, e só considerada eficaz na medida em que a população alvo se conscientiza do seu papel como protagonista no trânsito e modifica comportamentos indevidos. Uma comunidade mal informada não reage positivamente a ações educativas. Principalmente quando essa mesma comunidade elege políticos demagogos que não pensam no bem estar da sociedade, apenas em si, na sua imagem e na próxima eleição, tentando angariar simpatizantes infratores que existem em demasia na nossa capital.

Um trânsito ruim e no limite criminoso, por falta de consciência dos seus perigos e por falta de punição, aproxima-nos da barbárie e do caos. Por outro lado, um trânsito calmo e previsível estabelece um ambiente de civilidade e de respeito às leis, mostrando a internalização da norma básica da convivência democrática: todos são iguais perante a lei e, em contrapartida, obedecê-la é dever de todos.

Nós, Agentes de Trânsito, estaremos sempre prontos a cumprir o Código de Trânsito Brasileiro. O importante para nós é salvar vidas, principalmente de nossas crianças e idosos, que muitas vezes são vitimas fatais na faixa de pedestre a caminho da escola ou do hospital.