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09 de Agosto de 2011 11h00

Prefeito Chico Galindo apóia manifesto contra violência nos municípios

09/08/2011

Angela Jordão/AMM

O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, está apoiando o manifesto contra a violência nos municípios de Mato Grosso, promovido pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Na manhã desta terça-feira (09-08), Galindo participou da entrevista coletiva concedida pela diretoria da AMM, para falar do documento.

A Associação Mato-grossense dos Municípios se coloca como a principal porta-voz das reivindicações de todos os prefeitos e - automaticamente de todos os cidadãos, que vivem nos municípios – e está empenhada nas causas que afetam nossa sociedade.

O manifesto pede justiça nos casos dos assassinatos dos prefeitos de Novo Santo Antonio e Nova Canaã do Norte, que foram mortos num intervalo de 20 dias. “Lamentamos profundamente a perda de dois companheiros: o prefeito de Novo Santo Antonio, Valdemir Antonio da Silva, que foi assassinado no último dia 23 julho e o prefeito de Nova Canaã do Norte, Luiz César de Castro, o Luizão, também brutalmente assassinado no dia 5 de agosto. Acreditamos que os crimes sejam de natureza política já que os prefeitos eleitos são agentes públicos”, afirmou o presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá.

De acordo com Meraldo Sá, é necessário que o governo tome providência quanto à segurança, e que os culpados não fiquem impunes. “Estamos confiantes na ação do Secretário de Segurança, Diógenes Curado e das polícias Civil e Militar, e esperamos agilidade nas investigações”, explica. O presidente explicou ainda que a Instituição não está defendendo apenas a segurança dos prefeitos de Mato Grosso, e sim a segurança de toda a população que convive diariamente com a onda de violência.

Entre as reivindicações elencadas pelo presidente da AMM, estão investimentos em segurança, policiamento ostensivo nas ruas e estruturação das delegacias do interior. “A sociedade vive uma situação de alerta em Mato Grosso. Queremos segurança, tanto para o interior, quanto para Cuiabá”.

O prefeito Chico Galindo declarou que é necessário mais investimento em segurança, com aumento do efetivo das Polícias Militar e Civil, capacitação dos policiais e infraestrutura de trabalho, com equipamentos modernos. “É preciso haver investigação. A polícia precisa se antecipar aos fatos. O que vemos hoje são os infratores cada vez mais preparados, capacitados, se aprimorando. E a nossa segurança não tem conseguido impedir isso”. Para o prefeito de Cuiabá, o mais importante, neste momento, é a segurança coletiva e não apenas a segurança pessoal de cada um.

O manifesto da AMM, assinado por todos os prefeitos, será entregue as autoridades da Justiça, aos representantes do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil/OAB-MT, Assembléia Legislativa e ao Governo do Estado.

Também participaram da coletiva, os prefeitos de Colíder, Celso Banezeski, e o prefeito de Santa Terezinha, Domingos da Silva Neto.

Leia o documento na íntegra:

A Associação Mato-grossense dos Municípios, representante da força municipalista do nosso Estado, vem a público pedir justiça no caso do prefeito de Novo Santo Antonio, Valdemir Antonio da Silva, que foi assassinado no último dia 23 julho e o prefeito de  Nova Canaã do Norte, Antonio Luiz César de Castro, assassinado no último dia 5 de agosto. Cobramos agilidade nas investigações e esperamos que os crimes não fiquem impunes. A nossa preocupação não é apenas com os gestores, mas também com a segurança de toda a população.

É chegada a hora de mostrar que não queremos mais conviver com essa insegurança que nos faz reféns de nossa própria liberdade. Queremos trazer a discussão para dentro desta instituição por entendermos que somos a casa da municipalidade, o berço onde nascem as problemáticas sociais, o grito de socorro de cidades e seus gestores que estão a mais de mil quilômetros da capital e que esperam por providências.

Prefeitos, Prefeitas e funcionários da AMM, através deste documento, manifestam indignação diante da violência e requerem das autoridades competentes rápidas providências, não se eximindo da responsabilidade de discutir e propor soluções para que a nossa sociedade possa enfim viver a tão sonhada liberdade, garantida por lei (Artigo 5º da Constituição Brasileira).

Não podemos assistir essa realidade e continuar esperando por justiça, sem darmos o nosso grito, afinal, nunca estivemos de braços cruzados, mas diante de dois assassinatos, chegou a hora de materializar nossa indignação.

Assinam abaixo, homens e mulheres que desejam um Mato Grosso justo e sem violência, assegurando em sua totalidade a integridade e a moral do cidadão mato-grossense.