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13 de Agosto de 2010 14h35

Centro de Abordagem Solidária de Cuiabá abriga hoje 150 pessoas

13/08/2010

Da Redação/PMC

O Centro de Triagem e Abordagem Solidária de Cuiabá atende, atualmente, mais de 150 pessoas de diversas origens e localidades. O Centro desenvolve um trabalho social e humanitário, oferecendo abrigo, alimentação e auxílio às pessoas que estão vivendo nas ruas, ou que chegam a Cuiabá sem emprego ou lugar para morar.

O trabalho do Centro é desenvolvido em várias frentes, atendendo a diferentes necessidades, como pessoas que vivem nas ruas da capital, com transtornos mentais, ou pessoas que vieram para a cidade em busca de trabalho.  Todo a assistência é inteiramente mantida pela prefeitura de Cuiabá. São três casas de assistência: além da sede do Centro (localizada na estrada da Guia), também tem o Albergue Municipal  e a Missão Atalaia.

Na sede do Centro são abrigados, principalmente, os moradores de rua de Cuiabá e pessoas que sofrem de transtornos mentais. O Centro abriga 19 pessoas com transtornos, que já se tornaram moradores fixos. “São pessoas que não conseguem viver junto a suas famílias. Quando sofrem surtos, são internadas no Adauto Botelho, ficam lá por um período, em seguida recebem alta; caso voltem para casa e não se adaptam, a família não consegue lidar com o problema, essas pessoas acabam indo viver nas ruas. Por isso, estão vivendo no Centro, explica o coordenador do Abordagem Solidária, Henrique José de Andrade e Silva.

A equipe da Abordagem Solidária também tenta levar para o abrigo e dar um novo encaminhamento as pessoas que vivem nas ruas de Cuiabá. Atualmente, são 120 pessoas. Todas já foram abordadas e são conhecidas da equipe do Abordagem Solidária. “A maioria opta por ficar pelas ruas, não quer ficar no abrigo”.

Henrique explica que a maioria enfrenta problemas com o uso e abuso de álcool e drogas e  não consegue superar o problema. “Alguns aceitam nosso auxílio, buscam uma nova vida, são encaminhados à irmandade de Alcoólicos Anônimos – AA e para algum trabalho, mas esses são poucos”, conta Henrique.

Alguns também pedem para voltar para as cidades de origem. Neste caso, o Centro auxilia com o fornecimento de passagens. As passagens, aliás, “é um auxílio financeiro que o Abordagem Solidária recebe do Governo Federal. Tudo mais é custeado pelo município. 

Oportunidades

 A maior demanda atual do Centro de Triagem e Abordagem Solidária de Cuiabá, é de  pessoas que chegam à cidade em busca de oportunidade de trabalho, mas que não tem recursos próprios nem para alimentação.  “Esse é o nosso maior número de atendimentos hoje. Devido a toda a divulgação sobre a Copa de 2014, pessoas tem chegado a Cuiabá procurando trabalho, mas as obras ainda não começaram e a oferta de trabalho é pequena neste momento”, explica o coordenador do Centro, Henrique José de Andrade e Silva.

Uma grande parte daqueles que chegam em Cuiabá em busca de trabalho é de fora de Mato Grosso, especialmente do Nordeste e de países vizinhos, como a Bolívia. No centro, o tempo de permanência deles deve ser de 72 horas, mas como a maioria não tem onde viver, acabam ficando mais tempo. Lá, recebem quatro refeições ao dia, têm assistência médica e são atendidos por um assistente social. Também são direcionados para cursos de formação profissional e encaminhados para o trabalho.

O Centro de Triagem e Abordagem Solidária de Cuiabá trabalha com uma equipe formada por quatro técnicos em enfermagem, um enfermeiro, dois assistentes sociais, 16 monitores, quatro motoristas, quatro cozinheiros e três auxiliares de serviços gerais.