Saúde / PREVENÇÃO

22 de Julho de 2020 14h51

Agentes de combate à endemias adotam medidas de biossegurança e seguem trabalhando durante a pandemia

22/07/2020

CELLY SILVA

Assessoria SMS

Em pouco mais de seis meses, Cuiabá já superou o número de casos notificados de dengue de todo o ano de 2019. De janeiro a julho deste ano, foram 682 casos registrados. Durante todo o período de 2019, foram 446 casos notificados. No caso da chikungunya, no ano passado foram 148 casos notificados e, neste ano, 19 casos. Já quanto à zika, em 2019 houve 62 registros e, neste ano, foram 10, segundo a Vigilância em Doenças e Agravos do Município.

A coordenadora de zoonoses, Alessandra da Costa Carvalho, explica que, por conta da pandemia, o número de agentes de combate à endemias caiu mais da metade porque muitos são do grupo e risco da Covid-19 (idosos, obesos, hipertensos, diabéticos e outras doenças crônicas) e alguns se infectaram com o novo coronavírus. De cerca de 300 agentes, atualmente, menos de 150 estão na ativa.

Mesmo assim, as visitas domiciliares continuam ocorrendo de segunda a sexta-feira, seguindo todos os procedimentos de biossegurança para os profissionais, com a disponibilização de máscaras e álcool em gel. Além disso, quinzenalmente é feita reunião com os agentes para reforçar as recomendações, como não entrar nas casas, principalmente onde residem pessoas do grupo de risco ou pessoas com suspeita ou confirmação da Covid-19. “Cuiabá nunca deixou de fazer as visitas domiciliares dos agentes de combate à endemias, o que houve foi uma readequação por conta da pandemia”, afirma a coordenadora de zoonoses.

As vistorias são feitas apenas nos quintais das pessoas, verificando se há objetos que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, como vasilhas, tampas, pneus, garrafas, vasos de plantas. Quando esses criadouros são detectados, os agentes utilizam um produto químico chamado piriproxifeno, que serve de inibidor de crescimento, impedindo que a pupa cresça e se transforme em um mosquito adulto.

As vistorias são feitas apenas nos quintais das pessoas, verificando se há objetos que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, como vasilhas, tampas, pneus, garrafas, vasos de plantas. Quando esses criadouros são detectados, os agentes utilizam um produto químico chamado piriproxifeno, que serve de inibidor de crescimento, impedindo que a pupa cresça e se transforme em um mosquito adulto.

Conforme Alessandra Carvalho, Cuiabá tem mais de 261,5 mil imóveis (terrenos, casas, condomínios) e cada agente é responsável por uma média de 800 a 1 mil imóveis, que deve vistoriar em até 45 dias. Cada agente visita cerca de 30 imóveis por dia, 15 em cada período. De janeiro a junho deste ano, já foram realizadas aproximadamente 449 mil visitas.

Com o déficit de servidores, a Coordenação de Zoonoses conta com a conscientização e participação das pessoas no combate à dengue, à zika e à chikungunya. Alessandra Carvalho explica que como o tempo que o Aedes aegypti leva para virar de ovo a mosquito adulto é de uma semana, essa deve ser a periodicidade com que a população deve fazer a limpeza de seus quintais, eliminando possíveis criadouros, lavando e vedando os reservatórios de água, limpando vasos de plantas e bebedouros de animais, jogando fora entulhos que possam acumular água parada.

“Dez minutinhos são suficientes para vistoriar o quintal de casa e remover os criadouros, Tirando dez minutos por semana para tomar esses cuidados, a pessoa estará se prevenindo dessas três doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente nesse período de seca, em que os cuiabanos gostam muito de tomar banho, utilizam mais água”, explica Carvalho, que acrescenta que o perigo de contrair as doenças existe o ano inteiro, pois o ovo do mosquito resiste até um ano sem contato com a água.