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25 de Agosto de 2017 15h45

Sem reajuste, tarifa de ônibus de Cuiabá é uma das menores entre as grandes capitais do país

SECRETARIA DE INOVAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Marcos Vergueiro

Arquivo

Considerando as limitações da atual frota de ônibus e o contexto socioeconômico vivenciado pelos contribuintes, a Prefeitura de Cuiabá congelou a tarifa do transporte público, mantendo seu custo em R$ 3,60. A determinação do prefeito Emanuel Pinheiro impossibilitou que houvesse um aumento de 12%, tornando o valor da passagem uma das menores entre as grandes capitais brasileiras, ficando a frente de cidades como São Paulo (R$ 3,80), Rio de Janeiro (R$ 3,80), Porto Alegre (R$3,75), Belo Horizonte (R$ 4,05) e Curitiba (R$ 3,70).

Para o gestor, à medida é o reflexo do compromisso da gestão pública em colocar os interesses do cidadão à frente de qualquer reajuste de impostos e outras taxas. “Os passageiros de ônibus que contam com esta modalidade para garantir sua chegada ao trabalho e o retorno aos seus respectivos lares convivem com frotas que – em sua maioria – são antigas e não apresentam as condições necessárias para o bom atendimento a essa necessidade do contribuinte. Antes de aplicarmos aumentos dessa magnitude, é necessário avaliar que tipo de serviço o município está entregando à sua população. Queremos certificar que o uso do transporte público não seja um fardo, mas sim um benefício vantajoso e para isso priorizamos mudanças estruturais e organizacionais, antes de adotarmos precificações superiores. Um exemplo desta postura é a criação da Linha Expressa, que tem reduzido as viagens de ônibus em até meia hora em alguns casos”, afirmou.

Atualmente com 417 ônibus em circulação – incluindo a frota de micros – Cuiabá possui quase 170 mil usuários do transporte público. Caso o valor da tarifa aumentasse para R$4,03, conforme anteriormente estipulado pela Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (AMTU) no início de 2017, o usufrutuário deste meio de locomoção gastaria, em media, R$ 169,26 por mês, se adotando a modalidade apenas duas vezes ao dia. O valor seria um aumento considerável em relação ao atual gasto, que equivale a R$ 151,02. Para o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, o congelamento da taxa vai ao encontro das necessidades da população.

 

“Precisamos pensar constantemente em medidas que lapidem nosso serviço, tornando-o cada vez mais eficiente, para que então venhamos a considerar a elevação da precificação. Não é correto exigir do cidadão um gasto superior – que pode comprometer ainda mais seu orçamento mensal – sem sequer corresponder suas expectativas em relação à qualidade do serviço. Continuamos trabalhando em prol de um transporte público que seja eficiente e agradável, sempre respeitando o clamor das ruas e ponderações dos nossos munícipes”, concluiu.