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04 de Março de 2021 17h17

A falta de dialogo é parceira da insensibilidade e inimiga das boas decisões

EMANUEL PINHEIRO

Em um momento tão difícil que nosso setor econômico tem enfrentado, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), é necessário ter a sensibilidade para continuar implantando medidas de biossegurança sem penalizar ainda mais quem já tanto tem sofrido para se recuperar. Esse parece ser um processo simples, mas sua construção só é possível a partir do diálogo aberto com aqueles que compõem a sociedade civil organizada.

O debate e tomada de decisões em conjunto, inclusive, deveriam ser características obrigatórias, principalmente nos gestores públicos que são eleitos pelo povo e para trabalhar em favor do povo. Diante dessa luta contra um inimigo invisível e sem uma data marcada para ser vencido, o que os trabalhadores e aqueles que geram renda e emprego mais querem é conseguir ver no líder público uma postura de acolhimento, sensibilidade e solidariedade.

Infelizmente, mais uma vez, não é essa a realidade que encontramos no Governo do Estado de Mato Grosso. Surpreendentemente, acompanhamos na televisão um informe publicitário, no qual o Executivo Estadual afirma que seu decreto da insensibilidade, da falta de solidariedade e da desesperança foi elaborado de forma conjunta. Mas, como uma medida pode ser tomada de forma conjunta quando só uma das partes tem participação garantida?

É isso que mais uma vez enfrentamos! Na reunião em que o governador anunciou suas novas medidas, por exemplo, nenhum dos 141 prefeitos dos municípios de Mato Grosso teve a oportunidade de falar. A propósito, não houve reunião, o que houve novamente foi o comunicado de uma decisão já tomada. Com o setor produtivo, que gera tanto emprego e já está no seu limite, também não houve espaço para conversa.

De que adianta bradar no alto da arrogância que colocou o Estado no azul, se para isso foi necessário fazer com que a população ficasse no vermelho? Temos a certeza de que, realmente, não é isso que esperam de uma liderança. É por isso, que tomamos a decisão, essa sim com muito diálogo, de entrar com um pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) impugnando a determinação proferida pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri.

Nossa opção é a de agir diferente. Sem arrogância e dialogando com todos os setores, tomamos como obrigação moral e objetiva apoiar o setor produtivo, o micro, pequeno, médio e grande empresário, pois somente assim, ouvindo quem é atingido, é que as melhores decisões são tomadas e uma guerra é vencida.

Emanuel Pinheiro