Empresa Cuiabana de Zeladoria e Servicos Urbanos / Inclusão

21 de Dezembro de 2016 17h43

Prefeitura e cooperativas de catadores assinam convênio para serviços ambientais

21/12/2016

CAROL SANFORD

Tchélo Figueiredo

Arquivo

O prefeito Mauro Mendes assinou nesta quarta-feira (21), o contrato celebrando convênio com as quatro cooperativas de catadores de materiais recicláveis de Cuiabá. O ato é inédito no Brasil e permitirá a inclusão social dos catadores e remoção deles do Aterro Sanitário.

Conforme o convênio, as cooperativas terão seis meses para adequação da estrutura e durante este período receberão R$ 26 mil pelos serviços ambientais prestados. Após o período de reestruturação, deverão cumprir a meta de coletar 67,5 mil toneladas de resíduos recicláveis por mês. A partir daí, cumprindo o estabelecido, receberão R$ 45 mil.

O secretário de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa, explicou que as cooperativas deverão cumprir os serviços de segregação, descarte, coleta e transporte, triagem, classificação e comercialização dos resíduos, além de prestar informações ambientais, promovendo o conhecimento sobre coleta seletiva para os moradores.

“Caberá à prefeitura monitorar o programa, fiscalizar as metas, fazer a gestão dos recursos e acompanhar e apoiar as cooperativas para que possam desenvolver da melhor forma a prestação de serviços ambientais, pois com a retirada esses resíduos deixam de contaminar o meio ambiente”, disse Stopa.

Assinaram o convênio as cooperativas Coorepam, Coopermar, Acamarc e CoopUnião, que atualmente coletam a média de 45 mil toneladas ao mês. Elas também alcançam os catadores que hoje trabalham dentro do Aterro Sanitário, mas que deverão deixar o local, sob pena de crime ambiental.

“Estamos muito orgulhosos hoje, pois é um sonho realizado. Tenho certeza de que todos estão felizes, pois será muito bom para as cooperativas que, finalmente, poderão trabalhar juntas de forma legal, o que sempre foi uma vontade de todos”, disse o representante do Movimento Nacional de Catadores, Thiago da Silva Duarte.

Para o promotor Gerson Barbosa o convênio atende aos interesses públicos. “O trabalho de vocês permite melhora ambiental como um todo e o convênio faz que esses serviços sejam feitos de forma legal. Os catadores tiveram que fazer alguns sacrifícios, mas no futuro não haverá problemas e será possível o avanço sócio produtivo do setor”, destacou.

Mauro Mendes afirmou que o instrumento para a legalização dos serviços e estruturação das cooperativas foi construído com o desenvolvimento e assinatura do convênio. “Agora é preciso boa vontade de ambas as partes para que ele seja posto em prática corretamente e melhore a vida de todos vocês”, finalizou o prefeito.