Saúde / Ações Inovadoras

01 de Agosto de 2014 07h50

Projeto \"Ações Inovadoras\" começa neste sábado (02) na capital

01/08/2014

DANIELE DANCHURA

Ampliar a busca ativa de novos casos de Hanseníase e com isso intensificar o diagnóstico precoce da doença. Este é o principal objetivo do projeto "Ações Inovadoras" da Secretaria de Saúde de Cuiabá que terá início neste sábado (02) e seguirá até o dia 20 de setembro, nas unidades básicas de saúde da Região Norte da Capital.

Neste sábado, a ação será realizada em oito unidades de saúde, na Clínica da Família (CPA I), nos PSF Jardim Vitória I e II, Serra Dourada, Três Barras, 1° de Março, Novo Paraíso I e II e no Centro de Saúde do CPA IV. 

O responsável técnico pelo Programa Municipal de Hanseníase, Cícero Fraga Melo, explicou que durante a semana as equipes dos agentes comunitários de saúde irão realizar as buscas domiciliares a procura de possíveis novos casos. "Aos sábados serão realizados apenas os atendimento dos pacientes pré-agendados durante as visitas. Várias unidades estarão participando", explicou.

Os atendimentos terão início às 7h30 e serão realizados durante todo o dia. A estimativa é de que durante todo o período de realização do projeto "Ações Inovadoras" - de 2 de agosto a 20 de setembro - aproximadamente 1.900 pessoas sejam atendidas.

Cícero enfatizou que Cuiabá é um município prioritário por ser hiperendêmico, tendo necessidade de maior intervenção das ações de controle da Hanseníase. "É preciso promover a mobilização social, intensificar as visitas domiciliares aos pacientes faltosos e contatos não examinados, e também buscar novos casos", completou.

Atualmente, Cuiabá possui cerca de 400 pacientes em tratamento, mas ainda há muitas pessoas que não sabem que são portadoras da doença. A hanseníase tem prevalência alta em Cuiabá, bem como em todo o Estado. Em 2013 foram detectados 274 novos casos na Capital, sendo que 20 pacientes foram curados. No ano anterior (2012), foram detectados 242 casos e 142 pacientes curados. A expectativa para este ano é detectar cerca de 300 novos casos da doença.

O diagnóstico precoce é fundamental para o controle doença. A hanseníase tem cura e sua forma mais grave pode desaparecer completamente se o paciente cumprir os 12 meses de tratamento prescrito pelo médico. Mesmo se descoberta tardiamente, a doença também tem tratamento e cura, mas, dependendo do estágio da doença, a pessoa já pode estar acometida das dores e deformidades que a hanseníase provoca quando não é tratada a tempo.

NAS ESCOLAS 

As atividades do projeto também serão realizadas em todas as escolas públicas (municipais e estaduais) de Cuiabá, entre os dias 11 de agosto e 30 de setembroTambém, com estudantes na faixa etária de 5 a 14 anos. O objetivo é a busca ativa de hanseníase além do tratamento das Geohelmintiase, para a qual será administrado uma dose do medicamento Albendazol 400 mg a todos os alunos nesta faixa etária, com a autorização dos pais.