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13 de Novembro de 2013 17h22

Prefeitura de Cuiabá busca reduzir o déficit de leitos hospitalares

13/11/2013

JC. Patrício

A criação da Empresa Cuiabana de Saúde (ECS) foi o tema de uma Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (13). A lei que cria a empresa foi aprovada pelo voto de todos os vereadores no dia 10 de outubro, com apenas uma abstenção.

Na defesa da ECS, o secretário de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares, explicou que a empresa será responsável pelos serviços de média e alta complexidade, contribuindo para desafogar o Pronto-Socorro Municipal, que hoje sofre por falta de leitos de retaguarda. Além disso, complementa, o novo modelo irá viabilizar o funcionamento do Hospital São Benedito (antigo Hospital das Clínicas), que entrará em operação no início do próximo ano, com uma oferta de 127 leitos.

“O SUS de Cuiabá tem hoje um déficit de aproximadamente 550 leitos e, com essa empresa, nós vamos reduzir em 20% essa carência”, declarou o secretário, acrescentando que serão investidos cerca de R$ 12,5 milhões em equipamentos no novo hospital. “Teremos um centro de diagnóstico completo, capaz de atender a demanda reprimida por exames como cateterismo, tomografia, ressonância magnética, mamografia e outros que, hoje, o município não tem condições de atender”.

 

O secretário rebateu as críticas de que o modelo adotado na criação da ECS é uma forma de “privatização” dos serviços de saúde. “Na verdade, todos os recursos da empresa são públicos e administrados pela Secretaria Municipal de Saúde. Vamos ganhar em agilidade, eficiência e qualidade na prestação de um serviço de qualidade à nossa população”.

Presente também na audiência, o procurador-geral do Município, Rogério Gallo, rebateu os termos “privatização” e “terceirização” que vêm sendo propagados pelos críticos da ECS. “É preciso desmistificar esse debate. A Empresa Cuiabana de Saúde é uma empresa da administração pública, vinculada ao secretário municipal de Saúde, ao prefeito Mauro Mendes, e composta por um quadro de servidores públicos”, afirmou. “Estamos buscando um modelo mais eficiente e queremos a participação do controle social para aperfeiçoá-lo ainda mais”.

O presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Ricardo Saad, disse que, apesar das dúvidas que tinha em relação ao modelo de gestão, não pode deixar de reconhecer que Cuiabá precisa de mais leitos hospitalares e que a ECS vai contribuir para isso. “O que não podemos é perder leitos. Não é só no setor público que faltam leitos; não há leitos suficientes nem nos hospitais particulares”