Saúde / Pascoal Ramos

28 de Julho de 2014 14h20

Policlínica realiza atividades em alusão ao dia de Luta Contra as Hepatites Virais

28/07/2014

DANIELE DANCHURA

De hoje, segunda-feira (28), até quinta-feira (31 de julho), a equipe da Policlínica do Pascoal Ramos estará realizando atividades alusivas ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, comemorado no dia 28 de julho. A ação tem início às 7 horas com encerramento às 16 horas, diariamente.

Durante este período serão realizadas palestras, orientações com relação à prevenção e tratamento da doença, realização de teste rápido para detecção de hepatite e outras DSTs, além do encaminhamento para vacinação da Hepatite B.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Milhões de pessoas no país são portadoras do vírus B ou C e não sabem. Elas correm risco das doenças evoluírem, tornando-se crônicas, e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. "Por isso há a necessidade de realizar os exames de rotina e também o teste rápido, que também detecta não só a Hepatite Viral, mas outras doenças sexualmente transmissíveis, e fica pronto em torno de 20 minutos", explicou a enfermeira Lucineide dos Anjos, que está coordenando a ação.

As hepatites virais podem ser transmitidas por meio da relação sexual desprotegida, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam, já que a transmissão acontece por meio do sangue. Há também a transmissão de mãe para filho durante a gravidez, parto e a amamentação. No caso da Hepatite A, o contágio acontece por meio das condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e alimentos. No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.

As hepatites evoluem conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses. Todas são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

Tratamento - O Serviço Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para pessoas contaminadas com hepatites virais. Em Cuiabá, o tratamento é oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde por meio do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Após a realização do teste rápido e detecção da doença, o paciente é encaminhado ao SAE onde receberá acompanhamento médico, psicológico e assistencial, além da medicação.

Atualmente, 40 pessoas tratam somente de hepatites virais, sendo 15 de hepatite B e 25 de hepatite C, no SAE. Outras 13 tratam de hepatites associadas ao vírus HIV. Somente este ano, foram registrados 11 novos casos da doença, sendo seis do tipo B e cinco do tipo C.