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22 de Janeiro de 2014 16h20

Prefeitura define estratégias para reforçar Operação Lei Seca

22/01/2014

Evelyn Ribeiro

A Prefeitura de Cuiabá, em parceria com os segmentos da Segurança Pública, Saúde e Poder Judiciário do Estado vai intensificar os trabalhos de atuação na Operação Lei Seca neste ano. O reforço da força-tarefa foi discutido nesta quarta-feira (22), durante uma reunião da Câmara Temática de Trânsito do Grupo de Gestão Integrada Estadual.

A primeira operação será realizada ainda este mês, em pontos estratégicos de Cuiabá. Durante a reunião ficou estipulada a elaboração de uma agenda para que a operação ocorra a cada 15 dias, além da montagem de um projeto de execução que inclui a criação de comitês, sendo um no formato Operacional e outro de Prevenção. Este último envolve ações de conscientização por meio de campanhas, folhetos explicativos e blitz.

Vão integrar os comitês equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público, Batalhão de Trânsito, Associação das Famílias e Vítimas de Acidentes de Trânsito, Polícia Rodoviária Federal, Politec, Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT), Detran, Comitê Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTU) e Sincor.

Um levantamento do Batalhão Municipal de Trânsito aponta que em 2013, foram efetuadas 17 mil notificações e 214 Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) foram apreendidas. A Operação Lei Seca realizada no ano passado em Cuiabá foi finalizada com 550 notificações urbanas e 11 veículos apreendidos.

Para a próxima semana está prevista uma segunda reunião, que vai definir o planejamento estratégico de cada setor, os locais em que serão realizadas as operações, assim como a logística adotada para intensificar os trabalhos de orientação e notificação dos condutores.

No entanto, para a primeira operação Lei Seca de 2014, a ideia é desempenhar um trabalho de atuação nos moldes da blitz realizada frequentemente no Rio de Janeiro. De acordo com a comandante do Batalhão de Trânsito, major Grasielle Bugalho, a Lei Seca precisa de um trabalho multidisciplinar para que se consolide.

“A principio pretendemos montar as estruturas, trazer a sociedade civil organizada para o nosso lado, mostrar que uma vida que você salva, uma pessoa que deixa de ser lesionada, são uma economia muito grande para o Estado e um ganho para as famílias“, disse a major.

Seguindo esta linha de avaliação acerca da operacionalização, o secretário-adjunto da SMTU, Thiago França, avalia que a melhor forma de se solucionar este problema é colocar as equipes nas ruas e iniciar os trabalhos na prática.

A efetivação da Operação Lei Seca é uma necessidade para Cuiabá. Atualmente a cidade é considerada a 9ª capital do país onde as pessoas mais consomem bebida alcoólica, e a primeira do Centro-Oeste. “Sem dúvidas, a integração entre os órgãos se faz importante para que a gente possa desenvolver ações com excelência”, afirmou o secretário.

O presidente da Associação das Famílias e Vítimas de Violência no Trânsito, Heitor Reys, destacou a importância das linhas de atuação. “Todos os órgãos estão unidos para um mesmo fim, conscientização e repressão. Não podemos perder a oportunidade de lutar por um trânsito melhor, porque isso repercute em toda a sociedade, principalmente dentro de casa”.