Noventa professores da rede municipal de ensino de Cuiabá participam, até a próxima quarta-feira (07-11), do 19ª Edição Seminário de Educação (SEMIEDU), promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.

Este ano o evento aborda o tema “Das crianças nas instituições e das crianças (in)visíveis – entre a sujeição e as possibilidades criativas”, que propõe discutir a educação a partir do ponto de vista das crianças e não apenas pela perspectiva do educador.

Durante o encontro, o grupo de docentes do município de Cuiabá estará apresentando diversos programas e projetos desenvolvidos na rede de ensino, por meio de comunicação oral, minicursos, relato de experiências e exposição de pôsteres.

Segundo a coordenadora pedagógica e representante da SME no seminário, Carmem Cinira Siqueira Leite, as inscrições dos educadores do município foram subsidiadas pela prefeitura da capital por meio de uma parceria com a UFMT, o que, na avaliação dela, é um estímulo para a qualificação desses profissionais.

“A formação que os professores estão tendo a oportunidade de frequentar aqui é de alto nível, pois em um único espaço são oferecidas oficinas, minicursos e palestras de educadores altamente qualificados e reconhecidos”, observou.

De acordo com a diretora de Ensino da Secretaria de Educação, Elenir Honório do Amaral, esta edição do SEMIEDU bateu recorde em participação dos educadores do município. “É uma oportunidade que temos de divulgar a qualidade do ensino ofertado nas escolas e creches da rede de ensino de Cuiabá. Além disso, é um incentivo e avanço na perspectiva da construção do conhecimento por meio da pesquisa”.

Entre os temas dos trabalhos apresentados pelos professores da capital estão a Educação Infantil, relações raciais na escola, Educação de Jovens e Adultos e Educação do Campo e Educação Ambiental.

Algumas dessas produções são da professora Nivalci Magalhães, da escola municipal São Sebastião, no bairro homônimo, que participa do encontro com três trabalhos voltados para as relações étnico-raciais no ambiente escolar. “Penso que iniciativas como essas contribuem para minha formação enquanto educadora na construção de um novo olhar para as crianças negras dentro da escola. Quando você busca a história de um povo, percebe que a população negra ainda sofre exclusão na escola. Por isso, temos que ter esse olhar mais cuidadoso, pois a escola é um instrumento de mudança, sim. Como educadora, quero fazer a diferença para uma sociedade mais igualitária, mais justa”, revela.

No final de novembro, Nivalci apresentará também um trabalho sobre a trajetória de vida de professores negros na baixada cuiabana, na Universidade Eduardo Mondlane, África.