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20 de Outubro de 2010 19h03

Secretário Maurélio Ribeiro agradece visita de Deucimar Silva

20/10/2010

João Carlos Queiroz - Assessoria Secom

Ainda que exista uma sintonia operacional entre as equipes profissionais do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, e todas elas tenham em mente o projeto idealista de atender bem e com a eficiência máxima que os cuidados para com um ser humano requer, muita coisa pode ser melhorada nessa unidade em prol da própria população. Assim se pronunciaram hoje (20-10) o secretário de Saúde de Cuiabá, Maurélio Ribeiro, e o diretor geral do Pronto Socorro, Jair Gimenez Marra, durante a visita do prefeito interino da Capital, Deucimar Silva, que agradeceram. 

Conforme o secretário Maurélio, "nós fazemos até muito além do que é possível, em termos de praticidade operacional, de limitações diversas que se impõem e ntre o desejo de atender da forma desejada e a necessidade de não permitir que nenhuma vida seja colocada em risco pela deficiência ocasional que se apresente em algum setor". Ele sublinhou que o Pronto Socorro de Cuiabá tem atendido dezenas de milhares de pessoas/mês, mas as demandas registradas atualmente já foram muito pior:

"A reforma dessa unidade reduziu em muito os atendimentos de urgência e emergência. As policlínicas de Cuiabá, devidamente reestruturadas, reformadas e até ampliadas, com médicos de plantão, como é o caso das Policlínicas do Verdão e do Planalto, têm muita responsabilidade nisso. Aos poucos, a população acorre mais às policlínicas, e então a carga antes imposta quase que exclusivamente ao Pronto Socorro é aliviada. Mas, por enquanto, o número de pacientes ainda é superior à sua capacidade. O importante é que nenhum cidadão fica de fora, sem ser atendido".

O secretário explica que os pacientes procedent es de Várzea Grande, por exemplo, são percentualmente mais do que o dobro dos moradores de Cuiabá. "E aí se somam outros municípios, estados vizinhos e até a Bolívia. O Pronto Socorro é da Capital, de Cuiabá, mas se transforma em unidade hospitalar referencial para grande parte do Centro Oeste. Fica muito difícil você poder atender com a qualidade eficiente que desejamos e todos merecem e precisam. Afinal, repito, salvar vidas é nosso principal foco de ação". 

Somente em acidentes urbanos (com carros, motocicletas, bicicletas e atropelamentos), de janeiro a setembro foram registrados no Pronto Socorro 4.218 casos. No geral, são 42 mil pacientes que entram ali, no mesmo período. "Antes da reforma, tínhamos uma média de 15 mil atendimentos/mês", informa o diretor geral Jair Gimenez Marra. "Agora, essa média oscila entre sete mil/mês. Já no confronto com a dengue, 27 mil casos foram atendidos no Pronto Socorro, somente no mês de abril".

Uma das reivindicações dos clínicos responsáveis é de que o PS venha a contar com orçamento próprio para manutenção, 'o que auxiliaria em muito', observa o diretor geral. "Trabalhamos limitados. No setor de internação, hoje temos 100 pacientes. São para ficar internados apenas 24 horas, mas geralmente ficam seis dias. O que complica tudo. No que toca às áreas de urgência e emergência, o Pronto Socorro consegue atender e preservar o dom precioso da vida, mas sempre com esforços ilimitados, descomunais. Se efetivamente existir uma parceria ampliada com os governos, justiçando a grande quantidade de pacientes procedentes do interior, o que nos sobrecarrega, aí ficaria bem mais fácil cumprirmos com nossa missão".