/

04 de Abril de 2012 18h38

Prefeitura de Cuiabá participa de reunião para implantação de coleta seletiva na capital

04/04/2012

Simone Seibert Ventura - Secom Cuiabá (65) 3645-60



Representantes da prefeitura de Cuiabá e do Banco do Brasil estiveram reunidos nesta terça-feira (03-04) para a apresentação do projeto “Cidades da Copa”, que tem como objetivo captar recursos junto a agentes financeiros públicos e privados e, com isso, promover a valorização e qualificação dos catadores de lixo da capital.

 
O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Cuiabá, Fundação Banco do Brasil (FBB), Cooperativas de Catadores de Lixo Reciclável e o Pangea Centro de Estudos Socioambientais.
 
De acordo com a assessora de Apoio às Políticas Intersetoriais da Prefeitura de Cuiabá, professora Julieta Domingues, Cuiabá está definindo sua política em relação à coleta seletiva do lixo, fundamentada na política nacional. “É um importante passo para a consolidação da política de coleta seletiva na capital. Esse trabalho é uma parceria que visa aprimorar  a coleta seletiva, promovendo a inclusão social dos catadores, tornado-os organizados e autogestionários”;
 
Outras quatro capitais serão beneficiadas com a coleta de lixo seletiva: Goiânia, Brasília, São Paulo e Recife. Em Cuiabá, a parceria entre a Prefeitura, a Fundação Banco do Brasil e as Cooperativas tem o objetivo de implantar o modelo e fazer com que os catadores conquistem a  sua inclusão social e  econômica.
 
“A Fundação Banco do Brasil entra no sentido de qualificar esses catadores para que eles possam gerenciar suas cooperativas, tendo o aspecto social e econômico como um ponto importante nesse trabalho”, explicou Julieta.
 
Para a elaboração do projeto, um levantamento será feito pela Pangea Centro de Estudos Socioambientais, em que serão apontadas as necessidades das cooperativas e a atual situação da coleta em Cuiabá. “A partir desse diagnóstico, vamos escrever, já com a assessoria da Pangea, um projeto para buscar parceiros na iniciativa privada e pública, para que a coleta seja realmente desenvolvida”, afirmou a assessora.
 
O líder do Movimento Nacional dos Catadores, Tiago da Silva Duarte, descreve o projeto como um benefício que irá fortalecer a classe. No entanto, admite que a categoria deve se organizar para esta ação. “Tiramos o sustento do material reciclável, vivemos de sonhos e este está quase se realizando. Não existe coleta seletiva sem catadores, sem caminhão e, principalmente, sem o apoio dos órgãos públicos e privados”, enfatiza Tiago.
 
O gerente de Mercado do Banco do Brasil, Lauro Alves do Couto, explica que a ação é muito importante, pois uma cidade que não faz recolhimento dos resíduos sólidos, terá uma ambiência ruim. “O turista ou o morador quer qualidade de vida, quer cidade limpa e, neste projeto, nós acreditamos muito nisso” explica.
 
Cronograma da continuidade do projeto
 
Do dia 26-03 ao dia 20-04: fase de realização de diagnósticos da realidade dos catadores e da administração local;
 
Do dia 16-04 a 07-05: elaboração da Carta Consulta para ser protocolado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – órgão responsável para a aprovação dos recursos;
 
Dia 30-04: 2ª reunião do projeto;
 
Dia 21-05: Seminário para a entrega da proposta.