Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência /

16 de Junho de 2011 15h00

Assistência Social divulga pesquisa sobre perfil do morador de rua em Cuiabá

16/06/2011

Marcia Caetano-SMASDH

A coordenadoria de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano- SMASDH divulgou na tarde desta quarta feira (15-06), os dados de uma pesquisa realizada para conhecer o perfil e traçar políticas para ajudar a população em situação de rua na capital.

A pesquisa foi realizada por três equipes de técnicos da SMASDH em conjunto com o 1º Batalhão da Policia Militar/MT, na região central da capital, no dia 20 de abril, nos períodos matutino, vespertino e noturno.

Foi utilizado o método de pesquisa qualitativa, em que o número de entrevistados é relativamente pequeno em relação ao universo a ser pesquisado, neste caso, o número de pessoas que vivem hoje nas ruas de Cuiabá. Entretanto, o método permite identificar esse perfil por escala de amostragem.Ao todo foram abordadas 31 pessoas, sendo que 5 não quiseram participar.

Segue abaixo o que mostram as declarações:

  • 84,5% são do sexo masculino;
  • 56% têm 25 a 29 anos e 24% é jovem (18 a 24 anos);
  • A maioria não é assistida por programas sociais do governo;
  • A maioria não possui documentos pessoais;
  • 92% não estudam;
  • 65% durante a abordagem estavam sob efeito de drogas;
  • 38% não concluíram o ensino fundamental;
  • 73% declararam-se como sendo de raça negra (preto/negro/pardo/moreno);
  • 19% Sobrevive com uma renda individual acima de R$150,00 por semana, advinda de pequenos trabalhos, como flanelinha e esmolas, entretanto a maioria dos entrevistados (58%) não sabe ou não informou;
  • A maioria dos entrevistados acredita que a renda familiar é média ou regular (23%);
  • 38% dormem somente nas ruas e 27% dormem na casa de familiares;
  • 27% Classifica o relacionamento com os pais como sendo bom e 19% não tem contato com familiares;
  • 27% declarou que dorme de 2 há 5 anos nas ruas e 27% está há mais de 1 mês até 6 meses nas ruas;
  • (30%) Deixou a família por motivos ligados ao alcoolismo e drogas;
  • A maioria não é assistida por programas sociais do governo;

A pesquisa servirá de base para a implantação de programas e projetos criados especificamente para dar assistência às pessoas que estão em situação de rua.

De acordo com o secretário Mário Lucio, nos próximos dias a SMASDH vai implantar um projeto para atender essa população que vive nas ruas. “Um exemplo é o Projeto Creas- Pop (Centro de Referência Especializado Para População em Situação de Rua) que deverá ser implantado nos próximos dias, no Bairro Jardim Itália, no prédio cedido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, e que já tem parecer positivo do Governo do Estado com a participação de cofinanciamento, através do repasse que deverá ocorrer nos próximos dias, no valor de R$140.000,00 para compra de equipamentos, manutenção e infra estrutura”, segundo o secretário.