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12 de Julho de 2012 15h27

150 pessoas debatem direitos das pessoas com deficiência

12/07/2012

Patrícia Neves/SMASDH - (65) 3645-6810


Cerca de 150 pessoas debatem nesta quinta-feira  (12/07) a garantia de acesso aos direitos das pessoas com deficiência e a intersetorialidade. O evento promovido pela Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (SMASDH) possibilitou a reflexão sobre o tema.

“A política de assistência social tem essa função, a de possibilitar o debate, de criar mecanismos que possibilitem melhorias para a prestação dos serviços porque essa demanda está em todas as áreas”, explica a coordenadora de Proteção Social Básica, Ariane Baena.

O  professor do Instituto dos Cegos de Mato Grosso, Fernando Guerreiro de Andrade, reconhece que as discussões sobre o tema são pertinentes, mas pontua que a execução de ações que resultariam na melhoria de qualidade de vida dos deficientes precisam ser efetivadas. “As barreiras são muitas e estão em todos os locais. Por exemplo, se as calçadas fossem espaços livres já ajudaria muito”.

Ampliação do número de intérpretes, assim como a presença em instituições bancárias e órgãos públicos e privados é defendida pelo estudante da rede estadual, Gilmar Nascimento. Surdo desde o nascimento ele cita que se irrita muitas vezes ao tentar realizar ações cotidianas, como ir ao banco. “Se o meu cartão dá um problema, o que eu faço? Tenho um papel sempre comigo onde peço que me apresentem um profissional em Libras”.

Durante o evento, o secretário-adjunto de Saúde do município, Euze de Carvalho, conta que o Executivo inicia ainda em 2012, a reforma das unidades de saúde ampliando o acesso, bem como a formação dos profissionais. “De nada adianta só a estrutura se o nosso quadro de recursos humanos não estiver devidamente adequado. Um dos nossos grandes problemas é quanto ao alto rodízio de servidores”.

O vice-presidente do Fórum Nacional da Pessoa com Deficiência, Mário Lúcio Guimarães, pontua que a realização de seminários e conferências tendem a aperfeiçoar a adoção de políticas. “Nós temos de participar sim, de colocar em evidência os serviços que precisam de melhorias porque água mole em pedra dura tanto bate até que fura.  O problema não se restringe a capital. Hoje, dos 141 municípios não há nenhum com um plano de desenvolvimento realmente articulado para suprir essas necessidades”.

O evento acontece no Hotel Fazenda Mato Grosso e reúne representantes de 21 instituições de Direitos das Pessoas com Deficiência, Conselho Municipal da Criança e Adolescente, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), Secretarias Municipal de Saúde e Educação, dentre outros importantes parceiros de promoção à cidadania e direitos.