Em 23 de outubro de 2021, o Brasil registrava 21.723.559 casos de Covid-19 e 605.457 mortes e Mato Grosso acumulava 541.743 casos e 13.662 óbitos, indicando aumento de 0,8% de casos (537.574) e 0,4% de óbitos (13.605) em duas semanas.

Desde julho de 2021 vem sendo observado um padrão de redução do impacto da pandemia no Brasil, e nas últimas semanas, pode-se ratificar a tendência de melhora com manutenção de queda nos indicadores de incidência, mortalidade por Covid-19, taxas de ocupação de UTI adulto no SUS e de transmissão do vírus. Tal fato mostra que a campanha de vacinação está atingindo seu principal objetivo de minimizar o impacto da doença nos indivíduos e na coletividade, contribuindo para o seu controle. Contudo, a taxa de letalidade no país ainda é alta em relação a outros países que adotaram medidas de proteção coletiva, testagem de suspeitos e seus contatos, bem como cuidados intensivos para doentes graves.

Ressaltamos que Mato Grosso está entre os doze estados brasileiros com maior taxa de incidência e entre os seis com maior taxa de mortalidade. Mato Grosso e Cuiabá, assim como 25 estados e 23 capitais, se encontram fora da zona de alerta (taxas inferiores a 60%) quanto à taxa de ocupação de leitos de UTI, com menos de 50% de taxa de ocupação, apontando para a melhora do quadro pandêmico.

Desde o registro dos primeiros casos em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), publica o Informe Epidemiológico sobre a Covid-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá. Este é o 64º informe produzido, no qual apresentamos as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 42ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março de 2020 a 23 de outubro de 2021.

Tendo em vista o término do projeto de extensão “Difundindo informações sobre a Covid-19 em Mato Grosso”, destacamos que este é o último informe em parceria com a UFMT e, a partir de novembro, os informes epidemiológicos sobre a Covid-19 no município de Cuiabá, serão publicados mensalmente, sob a responsabilidade da Diretoria de Vigilância em Saúde-SMS. 

Destaques do período de 14 de março de 2020 a 23 de outubro de 2021

- Foram registrados 113.081 casos de Covid-19 de residentes em Cuiabá, 95,7% recuperados; 9.727 internações e 3.529 mortes. Nas duas últimas semanas (SE 41 e SE 42) foram notificados 181 casos, 27 internações e 14 óbitos.

- Dos 35 pacientes internados ao final da SE 42, três tinham menos de 16 anos. A idade média dos 32 casos internados com idade apta a receber a vacina contra Covid-19 era de 61 anos de idade, entretanto, 71,9% (26 pacientes) não haviam recebido nenhuma dose da vacina e três não tinham a informação sobre a vacina. Dos seis pacientes internados e que receberam pelo menos uma dose da vacina, dois deles não haviam recebido a segunda dose.

- A média diária de óbitos observadas nas SE 41 e 42 (1,0 óbitos/dia) é inferior à observada em setembro (2,8), agosto (6,5) e em julho (4,5).

- Em 23 de outubro, comparado a duas semanas (09 de outubro), observamos estabilidade da taxa de ocupação de leitos de UTI adulto (39,7%), redução da taxa de ocupação de leitos de enfermaria (2,8%) e aumento da taxa de ocupação de UTI infantil (17,6%) na capital. Entretanto cabe frisar que houve redução do número de leitos de UTI adulto pactuados.

- A taxa de transmissão do vírus nas SE 40 e SE 41 foi estimada em 0,85, mantendo a tendência menor do que 1,0 desde o início de setembro.

- Apesar do avanço da vacinação na capital, menos da metade (47,2%) da população alvo (561.192) foi imunizada (2ª dose ou dose única) e entre aquelas que receberam a primeira dose, cerca de 65% receberam a segunda dose.

- Maior cobertura vacinal (2ª dose/dose única) em residentes em Cuiabá foi observado nas idades mais avançadas, indicando imunização de mais de 90% da população idosa (60 anos e mais).