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01 de Março de 2017 16h11

Secretária diz que uma das prioridades da gestão é investir na rede de Atenção Básica

01/03/2017

MARIA BARBANT

Marcos Vergueiro

Arquivo

De julho a novembro do ano passado  a rede SUS  Cuiabá  realizou 4.770.775 procedimentos ambulatoriais e 22.778 hospitalares, nos níveis de Media e Alta Complexidades. Os números foram apresentados pela secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia de Araújo, durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Cuiabá, na ultima sexta-feira (24).

Com a participação de vereadores e servidores, a  Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá acompanhou a  apresentação do relatório da Produção de Serviços da Rede Assistencial do Sistema Único de Saúde (SUS) de Cuiabá referente ao terceiro quadrimestre de 2016. A apresentação dos dados é uma determinação do artigo 36, §5º da Lei Complementar Nº 141 de 13 de Janeiro de 2012.

<p "="" style="text-align: justify;">Durante a apresentação, Elizeth Araújo destacou a grande concentração de  investimentos nos serviços de assistência e disse que esse modelo precisa ser revisto a fim de possibilitar maiores investimentos na rede de  atenção básica.<p "="" style="text-align: justify;">“Esse é o momento de estruturar a saúde primando por aquilo que é mais necessário: investir na atenção básica que é a estrutura da saúde para população sem esquecer aqueles que precisam hoje de algum tipo de atendimento hospitalar e especializado”, ressaltou.<p "="" style="text-align: justify;">Segundo os números, no terceiro quadrimestre de 2016, foram realizados 2.736.923 procedimentos de média complexidade, seguindo pela atenção básica com 1.893.005 procedimentos e, 122.254 procedimentos de alta complexidade. Os dados apresentados no Relatório mostram que os atendimentos de média complexidade somaram 57% do total dos procedimentos enquanto a atenção básica realizou 39,7% do total de  procedimentos enquanto a alta complexidade,  2,6%.

Segundo parâmetros nacionais, a Atenção Básica deve representar 83,7% do total dos atendimentos, o que significa maior investimento em prevenção. Em relação à media complexidade , que no período atingiu 57,4% o  parâmetro nacional é de 57,3% do total.

<p "="" style="text-align: justify;">Outro tema abordado pela secretária Elizeth Araújo foram as obras paradas. Segundo os dados, 55% delas  ainda não foram iniciadas, 35%  estão paralisadas e apenas 10% estão em andamento. Muitas dessas obras, com recursos já alocados, corriam o risco de terem esses recursos devolvidos.

Na semana passada, a Secretária esteve em Brasília em reunião no  Ministério da Saúde tentando reverter a situação. Algumas obras em unidades da Atenção Básica deverão ser retomadas em breve o que dará  melhores  condições de trabalho para as equipes que atuam na saúde da família e atendimento a população.

<p "="" style="text-align: justify;">“Existem recursos no caixa da Prefeitura desde 2013 e 2014 que o Ministério da Saúde pediu a devolução devido ao esgotamento do prazo, mas estamos tentando reverter essa decisão”.

Em relação à Vigilância em Saúde, segundo dados do Relatório, no período de julho a novembro do ano passado foram realizadas  427     inspeções em estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária e concedidos 760 licenciamentos e, 400 licenciamentos sanitários a serviços de alimentação.

O Relatório do 3º quadrimestre mostrou também a Cobertura Vacinal em relação às  crianças menores de 02 anos e gestantes, realizada no período de janeiro a dezembro do ano passado.

A vacina BCG que é dada aos recém-nascidos para prevenir a tuberculose atingiu 108,81% de cobertura com a aplicação de 11.641 doses seguida da vacina contra a febre amarela, com 8.367 doses aplicadas e uma cobertura vacinal de 78,21% já a dT/Triplice Acelular em Gestante - contra difteria, tétano e coqueluche -,  foram  8.089 doses aplicadas e uma cobertura de  100,81%.

Em relação à Distribuição das Consultas Médicas em Atenção Especializadas, solicitadas à Central de Regulação da SMS, no período de  setembro a dezembro de 2016 foram solicitados um total de 47.513 consultas em 19 especialidades. Desse total, 28.238 foram realizadas, 1102 foram canceladas ou negadas, 277 ficaram pendentes e 17.896 foram devolvidas. Esses números abrangem consultas em cirurgias de várias especialidades como  geral, bariátrica, cabeça e pescoço, vascular, neurologia, torácica e outras. E, a procedência dos pacientes nas solicitações de exames e consultas 66,75% foram  de Cuiabá, 7,51% de Várzea Grande e 25,72% de outros municípios.

O  presidente da Comissão de Saúde da Câmara  Municipal de Cuiabá, vereador Ricardo Saad (PSDB) falou da importância da transparência dos dados apresentados e considerou preocupantes as informações. Segundo ele, vai debater com os parlamentares ações que possam ajudar o Executivo municipal a solucionar as principais demandas.

SUS Cuiabá

Hoje, a rede física do SUS Cuiabá possui 172 unidades incluindo aí, uma Central de Regulação, três Centros de Atenção Psicossocial, 21 Centros de Saúde da Atenção Básica,70 Equipes de Saúde da Família (PSF), 22 Clinicas ou Centros de Especialidades, três Centros de Convivência para Idosos, quatro Hospitais Especializados, cinco Policlínicas, duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outros. Ao todo, 80% da rede é de gestão municipal.

Em relação aos leitos, 1.379 são do SUS, 988 deles não são do SUS, totalizando, 2.367 leitos.

 

Confira aqui o Relatório do 3º Quadrimestre de 2016.

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