Saúde / CAPACITAÇÃO

01 de Fevereiro de 2017 07h45

Secretária de Saúde discute parcerias para viabilizar formação e qualificação dos profissionais

01/02/2017

MARIA BARBANT

A formação e qualificação dos servidores e usuários do SUS é uma das propostas da gestão Emanuel Pinheiro para o processo de humanização da Saúde. Ouvir mais a população e o trabalhador, e construir uma gestão coletiva, são ações que já começaram a ser implantadas no Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá e devem ser estendidas as demais unidades de saúde.

Nesta segunda feira (30), durante reunião com realizada na sede da SMS de Cuiabá com a presença de representantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS),  Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MT), Fiocruz, Escola Pública de Saúde, Ministério da Saúde e UFMT, começaram a ser definidos os detalhes para a realização em Cuiabá do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde, previsto para ter inicio no próximo mês de maio.

“A Educação Permanente é uma das nossas propostas para a Saúde, assim como melhorias nas condições de trabalho e ações voltadas para a saúde do nosso trabalhador, para que ele possa tratar de forma mais qualificada e eficiente da saúde da população”, explicou a secretária Elizeth Araújo.

Essas ações serão estendidas às unidades da Saúde da capital e para que isso seja possível, a SMS vem mantendo conversações com parceiros como a Universidade Federal de Mato Grosso, por meio do Instituto de Saúde Coletiva, Escola de Governo, Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério da Saúde.

Em relação a formação e qualificação dos profissionais,  o   Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde terá vagas para Cuiabá e municípios da Baixada Cuiabana.  Dez estados brasileiros já receberam a capacitação. Agora as vagas estão sendo disponibilizadas para três estados, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do Sul. O curso é resultado da parceria entre o Ministério da Saúde e Fiocruz.

Julimar Barros, técnica do SGGEP/DAGEP explicou que o programa de Educação Popular em Saúde (EDPOP-SUS), do Ministério da Saúde, está baseado no  jeito de pensar e fazer processos educativos e práticas com consciência critica e cidadania participativa. “A construção compartilhada é uma das marcas da Educação Popular em Saúde. O processo educativo é elaborado a partir do reconhecimento da  importância do saber popular,  do saber da experiência e do saber desenvolvido no trabalho e na vida social”,  explicou ela.

Essas questões estão definidas na Política Nacional da Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), instituída pela Portaria MS/GM nº 2761 de novembro de 2013 que tem como objetivo implementar a Educação Popular em Saúde (EPS) no SUS.

Por meio da PNEPS-SUS são propostas metodologias e tecnologias visando o fortalecimento do SUS e práticas voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes, valorizando o saber popular, a produção de conhecimento e a inserção desses conhecimentos no SUS. “As prática e metodologias da Educação Popular em Saúde possibilitam o encontro entre trabalhadores e usuários, entre as equipes de saúde e os espaços das práticas populares de cuidado, entre os conselhos e os movimentos populares”.

O curso, previsto para acontecer ainda neste primeiro semestre do ano, terá 160 horas divididas em aulas presenciais, trabalho em campo  e um encontro final. As turmas serão formadas por 35 pessoas e dois educadores. O curso,  será  dirigido prioritariamente aos Agentes de Combate a Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), para os quais serão destinadas 70% das vagas, e lideranças comunitárias, inclusive integrantes dos conselhos gestores de saúde, que funcionarão como multiplicadores do conhecimento.