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25 de Abril de 2017 17h50

Secretaria de Saúde começa a reformar e ampliar unidades da Atenção Básica

25/04/2017

MARIA BARBANT

Michel Alvim

A Diretoria Técnica de Obras e Serviços da Secretaria de Saúde de Cuiabá deu início nesta terça-feira (25), às obras de reforma, ampliação e manutenção em  seis unidades da rede básica de saúde de Cuiabá.

Os trabalhos serão executados por um grupo de 45 homens formado por  pedreiros, encanadores, eletricistas, azulejeiros, serralheiros, pintores e serventes, contratados para integrar a  Equipe Permanente de Manutenção da Secretaria .

Neste primeiro momento, 32 unidades de Saúde da capital irão passar por algum tipo de obra que poderá ser de ampliação, reforma, reparo  ou manutenção. O objetivo é melhorar  a estrutura física das unidades. Algumas delas também irão receber móveis e equipamentos. Para isso, um levantamento está sendo concluído.

Esse conjunto de ações fazem parte de um pacote que inclui ainda capacitação dos profissionais, incluindo a recepção das unidades, e também  a informatização das recepções.

A secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lucia de Araújo, disse que as ações fazem parte da proposta de inclusão e humanização. “As ações cumprem a determinação do prefeito Emanuel Pinheiro de humanizar os serviços de saúde da capital, melhorando o atendimento à população além de proporcionar melhores condições de trabalho aos servidores”.  

Para realizar as obras a SMS de Cuiabá aderiu a uma ata de material de construção e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e irá trabalhar na forma de execução direta. As primeiras a receberem as equipes sao as unidades do Programa Saúde da Família (PSF) Jardim Vitória I, Baú, Lixeira, Novo Milênio, São João Del Rey e o Centro de Saúde Dom Aquino.

“Os profissionais irão realizar pequenas obras de ampliação e reforma nas  unidades de saúde. O PSF Jardim Vitória I por exemplo, uma das unidades contempladas nesse primeiro momento, deve ter seu trabalho encerrado em aproximadamente 30 dias”, explicou o diretor técnico  de Obras e Serviços, Marcos Antonio Tolentino de Barros.

Logo após a conclusão das obras em uma unidade, a equipe é deslocada para outra.

Oportunidades

No grupo formado de  46 trabalhadores, 26 deles são haitianos que deixaram seu país de origem em razão da instabilidade política e econômica e desembarcaram no Brasil com a expectativa de uma vida melhor.

Segundo estimativas do Ministério da Justiça, cerca de 54 mil haitianos já vivem no Brasil distribuídos entre os Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.  Desse total, mais de 20 mil já trabalham legalmente no pais.

Clotes Sagesse, que veio do Haiti há 4 anos, disse que a motivação é a expectativa de uma vida melhor. Da cidade de Decosse, no Estado de Dessalinne, norte do Haiti, ele era agricultor mas no Brasil já trabalhou de vendedor, em feira livre e também na construção civil. “No Brasil é muito melhor, tem emprego”. Agora trouxe a família, mulher e uma filha de 6 anos.

Jean Mouise Damas, economista está a cinco meses no Brasil e diz que deixou o Haiti, em busca de trabalho. “Lá está muito ruim e tem a questão política”. Em Cuiabá estuda português no Instituto Federal de Mato Grosso e está esperançoso.

Sergio do Vilma, do grupo é um dos mais novos no Brasil, está aqui há três meses. Veio de Porto Príncipe, Capital do Haiti e a estória se repete, com o novo emprego, espera por uma chance que não encontrou no seu pais.