Saúde / CONSCIENTIZAÇÃO

09 de Julho de 2020 14h50

Parte da população quer levar uma vida normal dentro de uma pandemia, lamenta diretor de Vigilância em Saúde

09/07/2020

BRUNO VICENTE

Luiz Alves

O diretor de Vigilância em Saúde de Cuiabá, Benedito Oscar Campos, destacou que, apesar de extremamente importante, a conscientização popular continua sendo uma das dificuldades enfrentadas pelo Município no combate à Covid-19. De acordo com o diretor, mesmo diante do momento delicado, ainda é comum notar que “uma parte da população quer levar uma vida normal dentro de uma pandemia”. 

Conforme Campos, a Prefeitura de Cuiabá tem adotado um cuidado ainda maior na aplicação de medidas de biossegurança, para não criar uma sensação de que a crise sanitária já foi superada. “Infelizmente, precisamos ser paternalistas e fazer um controle da população. A Prefeitura está tomando decisões duras, o comércio fechado e pagando caro por isso, mas muita gente continua fazendo festinhas, como se nada tivesse acontecendo”, comenta. 

O diretor explica também o longo período com restrições e isolamento social são fatores que o ser humano, comumente, apresenta dificuldades para lidar. Dessa forma, faz-se necessário que o Município sempre se atente a isso ao implantar novas ações. “Toda medida deve ser tomada com muito cuidado, para que não resulte em um descontrole e aglomerações. É uma atenção que estamos tendo para não sofrer o que outras cidades sofreram”, completa. 

As declarações de Campos são confirmadas nas prática pelo trabalho diário realizado pela equipe de fiscalização unificada. Segundo a Secretaria de Ordem Pública, entre os dias 27 de março e 1º de julho, foram lavrados 922 instrumentos fiscais, em 127 bairros, referente ao descumprimento dos decretos municipais que tratam sobre as medidas emergenciais no período de pandemia, como a diminuição do fluxo de pessoas e de aglomerações.

Em relação ao toque de recolher implantado Capital, entre os dias 29 de junho e 5 de julho, foram registrados 135 denúncias de descumprimento. O relatório aponta que a faixa de horário com maior número de ocorrências é a das 23h, com 44% das denúncias. Na faixa de 0h, estão 20% das ocorrências; 16% ocorrem por volta das 22h; 10% na faixa de 1h; 6% na faixa de 2h, 3% em torno de 3h e 1h após as 4h.

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