Até o ano de 2016, os serviços da Central de Regulação de todo o estado eram centralizados em Cuiabá. Em 2017, todos os 141 municípios do interior passaram por um treinamento para cada qual assumir a responsabilidade de inserção dos pedidos no sistema. Ao final do mesmo ano, os malotes de consultas e exames passaram a seguir um cronograma de descentralização e cada cidade passou a realizar suas próprias solicitações no sistema, ocasionando em um aumento significativo na fila de espera. E embora este acréscimo pareça negativo, ele de fato garante que todos os pacientes do interior tenham seus atendimentos assegurados, com um menor tempo de espera.

A coordenadora da Central de Regulação, Lileine Silva, explica que o sistema funciona em nível estadual e que a ação de descentralização visou garantir dignidade a todos os pacientes que aguardam atendimento. E para reduzir o tempo de espera, estão sendo realizados mutirões de consultas e exames.  “É importante que a população entenda que, apesar de ser uma fila extensa, o período de aguardo dos pacientes está diminuindo, à medida que realizamos os mutirões. Pelo fato de ser uma fila composta por pessoas de 141 municípios, a demanda sempre é grande, mas estamos trabalhando arduamente para dar cada vez mais celeridade nesses atendimentos”, diz Lileine.

A exemplo disso, os mutirões permitiram que a fila de espera dos exames de Tomografia para os pacientes de Cuiabá fosse liquidada. “Não temos dúvidas de que estamos no caminho certo, uma vez que estamos conseguindo alcançar nossos objetivos. Sabemos que não é uma tarefa fácil, devido ao grande número de pessoas que necessitam dos serviços do SUS, mas estamos trabalhando intensamente para que esta situação seja revertida, ou pelo menos, amenizada”, comenta Lileine.

Neste ano, já foram realizados seis mutirões, sendo quatro de atualização cadastral e dois de consultas e exames, atendendo aproximadamente cinco mil pessoas. Apesar disso, o número de absenteísmo ainda é alto, o que prejudica o andamento da fila e mostra uma ideia equivocada sobre o real número de pacientes que aguardam atendimento. “Quem ainda não fez o recadastramento deve procurar a Central e fazer a atualização de seus cadastros. É simples, rápido e fundamental para que a Central de Regulação conheça a genuína demanda existente e prepare ações que darão celeridade na fila atual. Esse é o caminho para que a população receba o serviço em saúde o mais rápido possível”, finaliza a coordenadora.