Saúde / CONFERÊNCIA DE SAÚDE

13 de Julho de 2017 15h13

Acadêmicos da UFMT ajudam a elaborar as políticas do SUS para a Cuiabá dos 300 anos

13/07/2017

HUGO FERNANDES

Transcender as barreiras físicas do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Cuiabá, para pensar, debater e ajudar a construir concretamente as políticas públicas de humanização para saúde do Município. Nessa esteira da formação teórica e prática caminham 60 alunos do curso de Saúde Coletiva da Universidade, que participam, desde quarta-feira (12), da ‘12ᵃ Conferência Municipal de Saúde’. O objetivo é contribuir com a formulação das diretrizes da política de saúde na Capital para os próximos anos.

Para a diretora do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT, Gisela Soares Brunken, o papel da academia vai muito além da formação técnica e teórica dos profissionais que irão trabalhar no SUS, mas também tem o dever de pensar e projetar as políticas que irão beneficiar o Sistema. “Estamos aqui para somar, fortalecer e construir este exército de pessoas que lutam por um SUS público, gratuito, de qualidade e com equidade”, pontua.

Às vésperas de completar 30 anos, o Sistema enfrenta desafios como superar a crise no financiamento da saúde pública, a manutenção dos direitos sociais e a necessidade do fortalecimento do controle social e aprimoramento da gestão. Neste contexto, a formação técnica possui um papel fundamental, segundo Gisela, com vistas a suprir a demanda por bons profissionais.

“A possibilidade de formação só existia na pós-graduação. Há aproximadamente 15 anos, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva realizou um trabalho para formarmos já na graduação, com três áreas de atuação – ciências sociais e humanas em saúde, epidemiologia e política e planejamento de gestão”, explica Gisela.

Cleidemir Marcos Coleto é acadêmico do 6º semestre do curso de Saúde Coletiva da UFMT e participa pela primeira vez de uma Conferência Municipal de Saúde. “Temos um olhar de fora e não percebemos qual a real situação do SUS em Cuiabá. Portanto, quando participamos das pré-conferências e começamos a interagir com o gestor e os usuários, começamos a entender onde é que a gente se encaixa dentro desse processo. Devemos ajudar na construção do SUS desde já”.