Mulher / POBREZA MENSTRUAL

15 de Julho de 2021 08h50

Campanha soma mais 1.112 absorventes doados pela Unimed e servidores públicos

15/07/2021

RUAN CUNHA

Vicente Aquino

Arquivo

A campanha “Cuiabá Por Elas”, da Secretaria Municipal da Mulher e Núcleo de Apoio à Primeira-dama recebeu mais 1.112 absorventes, nesta terça-feira (14), em doação feita pela Unimed Cuiabá e servidores municipais da Prefeitura de Cuiabá.

De acordo com a titular da pasta da Mulher, Luciana Zamproni, já são mais de 9 mil absorventes  arrecadados na campanha pioneira, em Cuiabá, que tem levantado a discussão acerca da pobreza menstrual que atinge milhares de mulheres em todo o Brasil.

“Nós iniciamos essa campanha que se expandiu para todo o Mato Grosso e também vemos pelas redes sociais que o país tem falado muito sobre esse assunto que antigamente era um tabu. Não é somente a entrega do absorvente, tem toda uma ação de conscientização, informação e cuidado com a saúde da mulher”, frisou.

A diretora Administrativa Financeira da Unimed, Dra. Suzana Palma, que destinou 700 unidades de absorventes, também enxerga a necessidade tratar o assunto com ampla discussão para garantir o bem estar social das mulheres cuiabanas.

“É a valorização em torno de um tema muito sensível que é a menstruação, pois é direito de toda menina e mulher ter a garantia, neste período, de ter condições para a sua higienização”, destacou.

Para a primeira-dama Márcia Pinheiro, a quebra de tabu é o principal objetivo da campanha que tem buscado levar informações para as meninas do programa Siminina e também irá proporcionar palestras junto à secretaria de Educação para os alunos da rede municipal.

“Nós estamos entregando os absorventes para as meninas do Siminina e proporcionando uma discussão para quebrar esse tabu. Os pais precisam conversar sobre algo que é natural. Precisamos conversar sobre para que as nossas mulheres tenham informação e não fiquem a mercê da vergonha, da falta de higiene e do preconceito”, disse.

De acordo com a Always, uma das maiores fabricantes de absorventes, 35% das meninas que não possuem acesso ao produto deixam de ir à escola, praticar esportes e sair de casa por conta da vergonha da falta de condições de higienização.