Mobilidade Urbana / MOBILIDADE URBANA

12 de Maio de 2021 18h20

Secretário vê dados inconsistentes e relatórios evasivos; Juarez reafirma necessidade de plebiscito por modal

12/05/2021

FERNANDA LEITE

Luiz Alves

Arquivo

Presidente do Comitê de Análise Técnica para Definição do Modal de Transporte Público da Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá e secretário de Mobilidade Urbana do Município, Juares Samaniego, votou contra o relatório elaborado pelo prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, a favor da implantação do Bus rapid transit (BRT). 

A reunião do Conselho Deliberativo Metropolitano da Região do Vale do Rio Cuiabá – (CODEM/VRC) -  ocorreu nesta quarta-feira (12)  e o relatório apresentado foi aprovado por 13 a 4 e 2 ausências. Conforme o secretário, a reunião estava "desenhada". "Mantive meu voto contra porque o material apresentado para consulta pública foi inconsistente,  os requisitos formulados na reunião foram novamente respondidos pelo  arquiteto Rafael Detoni, que trabalha na Sinfra - Secretaria de Infraestrutura - e foram evasivas", criticou ele. 

O secretário de Mobilidade  avisa que a  Prefeitura irá acionar o Estado por causa da audiência pública, devido às falhas e cortes nas falas de quem demonstrava  os pontos negativos do B RT.

"O posicionamento de Cuiabá e do Comitê é pela  anulação da audiência pública, que mais falou das questões jurídicas do VLT e não sobre o BRT. Afinal não existe projeto do BRT.  Defendemos o plebiscito e o debate para que se tenha o melhor modal para Cuiabá e Várzea Grande. Foi uma audiência direcionada. Fizeram uma explanação jurídica do VLT de quase uma hora que não é parte do tema e os questionamentos técnicos foram só dois minutos - concordo com as 35 indagações embasadas na   Consulta Pública - VLT Cuiabá-Várzea Grande Estudos do BRT, que são inconsistentes. O que posso dizer é, estamos pegando o bonde andando e essa discussão tinha que ter sido desde o início e não somente dois minutos para questionar um investimento de R$430 milhões. Como o Governo chegou nesse valor, já que que não tem o projeto executivo de estudo de viabilidade econômica e financeira? Investimento no projeto baseado em estudo técnico econômico em que Cuiabá e Várzea Grande não participaram deste estudo de trabalho. É muito difícil defender a causa em dois minutos", pontuou.

Juares também é membro do Conselho Deliberativo Metropolitano do Vale do Rio Cuiabá (Codem),  porque é  presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT).