A partir de segunda-feira (19), o trânsito para carros pequenos e motos estará liberado sobre a ponte Professor Benedito Figueiredo, que fica na Avenida Engenheiro Quidauguro, ligando os bairros Coophema e Praeirinho, na Capital. O acesso estava interditado pela Secretaria de Mobilidade Urbana desde dezembro de 2017, quando parte da margem esquerda da estrutura desmoronou. A intervenção foi a pedido da Defesa Civil como medida de segurança após a erosão causada pelas chuvas e mudança no curso do rio Coxipó, que corta o local.

Conforme explicou o Secretário de Cidades, Wilson Santos, a ponte está em condições de trafegabilidade de até quatro toneladas, ficando assim impedido nesse período ainda para caminhões, ônibus e máquinas pesadas. A obra deverá ser retomada após o período de chuva. “Os carros, caminhonetes, motocicletas e bicicletas poderão trafegar, o que já vai desafogar um pouco a Fernando Corrêa e assim que o tempo der segurança, nossa equipe retornará para fazer a menor parte, que é recompor a parte superior, o piso e o pavimento”, explicou o secretário.

Para dar segurança a quem passa pela ponte, estão sendo feitas proteção aos pilares que foi retirada pelo desvio que o rio fez a esquerda, deixando a coluna exposta. “Há efeitos da natureza que não podemos prever, então o que acontece com esse rio, acontece em qualquer outro lugar, que é um efeito do próprio homem. Em menos de 2 anos, 3 pontes sofreram abalos por conta do Rio Coxipó, então precisamos repensar sobre como estamos tratando as margens do Coxipó”, alertou o secretário da Secid.

Nos próximos dias deve ser apresentado pela Defesa Civil um laudo sobre a segurança do serviço realizado até o momento e a liberação deve ser suspensa às 06 hrs se segunda-feira. “Devemos manter as placas de aço que existiam anteriormente e o que vamos entregar agora é a recomposição da cabeceira da ponte, quando estivermos no tempo da seca, faremos a recuperação asfáltica”, completa Wilson.

O bloqueio da Benedito Figueiredo afeta o trânsito das Avenidas Fernando Corrêa e Beira Rio e a restauração se deu em período de férias escolares, medida adotada para amenizar o impacto no trânsito.

“Algumas escolas já voltaram as aulas, tanto que esta semana a Fernando Corrêa registrou excesso de veículos e segunda, todas as escolas voltam do período de férias. Essa entrega parcial, já vai dar uma desafogada na Fernando Correa”, avalia o Secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo.

Agentes da Semob estarão no local auxiliando o trânsito e veículos pesados continuam proibidos de trafegarem sob a ponte e serão fiscalizados pelas câmeras de monitoramento da Semob, conforme o Secretário Antenor Figueiredo. “Motoristas de caminhões pesados que insistirem em passar pela ponte, serão parados e multados”, conclui o Secretário.

Obra

A obra da ponte é de responsabilidade do Estado, por meio da Secid, porém, a pasta rompeu o contrato com a empresa A.I. Fernandes Serviços de Engenharia, por não cumprir o prazo de finalização que eram de 90 dias.

As obras de reconstrução da cabeceira da ponte foram reiniciadas em janeiro pela empresa Conenge Construção Civil LTDA., vencedora do processo licitatório de caráter emergencial realizado pela Secretaria. A empresa tem até 90 dias para a conclusão dos trabalhos, ao custo de R$ 514,4 mil.

A construção da ponte foi idealizada para a Copa do Mundo de 2014 e teve orçamento final de R$ 5,83 milhões. O objetivo da obra que liga as avenidas Beira Rio à Quindauguro Fonesca era desafogar o trânsito na Avenida Fernando Corrêa, uma das principais de Cuiabá.