O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, visitou a aluna de 12 anos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Constança Figueiredo Palma Bem Bem, a qual foi vítima de preconceito e constrangimento após mau orientação profissional por parte de servidor da coordenação escolar da unidade.

"Estou aqui para me solidarizar e pedir desculpas, pois não é essa a gestão humanizada a qual eu defendo. O próprio coordenador se retratou e a Secretaria de Educação agiu rápido porque nós prezamos pelo respeito, pela humanização, pelo carinho e não vou aceitar por parte dos profissionais de Educação, que estão lá para formar e educar nossas crianças, qualquer tipo de desrespeito", enfatizou Emanuel.

O fato foi considero isolado pela administração municipal, pois a pasta de Educação, desde o inicio da atual gestão, desenvolve ações para combater situações quais levam o prejuízo emocional e psicológico do aluno como, por exemplo, a questão do Baleia Azul que tomou grande comoção nacional, além do cumprimento íntegro da Lei 10.6390/30 que estabelece fortalecer o atendimento educacional de qualidade e valorizar a diversidade humana.

A Secretaria Municipal de Educação (SME), com base na lei, em questão, elaborou o Programa Currículo na Diversidade cujo objetivo é, a partir desse programa, instituir o Plano Educação na Diversidade que tem o propósito de implementar uma política educacional que valorize a diversidade étnico-racial para combater o racismo e a discriminação sobre os negros no espaço escolar.

A mãe e responsável pela aluna, Nayara Oliveira do Nascimento, se mostrou bastante contente com todo o suporte que a prefeitura prestou à família. "A vinda do prefeito nos deu um grande respaldo sobre tudo o que ocorreu com minha filha. Estamos nos sentido bem acolhidos por toda equipe da prefeitura, a própria secretária-adjunta Edilene Machado e à todos. Agradeço muito e o prefeito vir à minha casa mostrou que o caso da minha filha não irá passar em branco e não vai mais acontecer", disse.  

Durante a visita, o prefeito ainda contou sobre quando era jovem, na época escolar, era alvo de constrangimentos acerca de sua gaguez. Ao lado da aluna, Emanuel se sensibilizou, por exemplo próprio, e prestou seu apoio para superar as possíveis dificuldades emocionais e garantiu todo respaldo técnico para inibir tais práticas de bullying e preconceito na rede.

"Eu tinha 10 ou 11 anos e já queria ser político, porém eu era gago. Os alunos todos gozavam da minha cara. Se eu fosse falar uma palavra mais elaborada, as crianças gozavam de mim. Então, resolvi me candidatar a líder de classe. Foi a maior eleição da minha vida. Me candidatei. Ganhei. E aquilo me deu uma força tão grande para superar o bullying, naquela época não se chamava assim, e nunca mais tive problema", relembrou o prefeito.   

Na própria Emeb Constança Figueiredo Palma Bem Bem, será realizado, na próxima segunda-feira (25), um trabalho específico junto aos profissionais de Educação com palestras e oficinas durante todo o dia para garantir a continuidade do trabalho sobre étnico racial na rede.