Educação / GARATUJANDO

09 de Junho de 2019 09h00

Projeto incentiva a manifestação escrita das crianças com participação dos pais

09/06/2019

ADÃO DE OLIVEIRA E MARIA BARBANT

Jorge Pinho

Uma atividade diferente reuniu pais e alunos no projeto “Garatujando com a Família”, na semana passada, no Centro Municipal de Educação infantil (CMEI) Engenheiro Oscar Amélito, no bairro Real Parque, (Região Sul da capital). A atividade marcou também as comemorações em torno da instituição Família, como parceira da unidade escolar.

A assessora pedagógica e coordenadora de Organização Curricular da Secretaria Municipal de Educação, Eliani Quinhone falou da atividade que faz parte do Projeto Garatuja, de valorização da cultura escrita e formação de leitores por meio do incentivo as várias formas de expressões e linguagens, que estão sendo implementados na Educação Infantil em Cuiabá, voltado para crianças de 0 a 5 anos.

“Se continuarmos apoiando e exercitando propostas de incentivo, sempre garatujando, lá na frente os nossos alunos não terão dificuldade na escrita porque estão construindo conhecimento”, destacou Eliane Quinhone.

O projeto Garatuja valoriza a escrita enquanto manifestação espontânea da  criança na educação infantil, e aproxima essa criança do lúdico. “A escrita está presente no cotidiano de todos nós, assim como no das crianças e, precisa ser algo prazeroso, dentro do que ela deseja escrever e saber. Isso é a base da escrita espontânea”, explicou a coordenadora.

Todas as ações do Garatuja tem razão de ser e existir. O projeto nasceu da experiência pedagógica desenvolvida no CMEI  Engenheiro Oscar Amélito, e já está presente em outras 65 unidades educacionais da rede municipal de Ensino de Cuiabá.

Nas atividades realizadas na semana passada no CMEI Engenheiro Oscar Amelito, toda a programação foi desenvolvida por alunos e professores. Depois de apresentações musicais, sobre o papel da mãe, do pai, da família, da escola e da comunidade, alunos e pais participaram da atividade chamada de “Garatujando”, que incentiva a manifestação espontânea, como escrita.

Vale qualquer palavra, explicou a coordenadora como o  nome dos pais, do brinquedo preferido, o nome do tio, dos avos, da rua, em fim qualquer palavra ou expressão, que exercite a escrita.

Nas unidades onde o projeto está sendo desenvolvido as atividades do “Garatuja”, são regulares. Além de iniciar os pequenos na alfabetização, a proposta disciplina a convivência dentro da unidade, estabelecendo  locais onde os alunos praticam a escrita. “Com o projeto, percebemos que as crianças pararam de escrever nas paredes da escola ou nas carteiras e agora sabem que esse espaço é o local de escrita, e também diminuiu alguns casos de indisciplina”, destacou Eliane Quinhone.

A diretora do CMEI Engenheiro Oscar Amelito também sentiu progresso no desenvolvimento dos alunos. “As crianças estão mais interessadas, chamando os pais para ver o que elas escreveram no caderno de atividades, ou no quadro negro. E, esse é o objetivo  final, que a criança tenha seu registro reconhecido na sua forma de escrever e, que a família se aproxime ainda mais da unidade escolar”, comentou a professora Adila Andrade.