Educação / NOVA VISÃO

28 de Junho de 2017 10h02

Prefeitura elabora novo conceito de manutenção para unidades escolares

28/06/2017

RUAN CUNHA

Jorge Pinho

Arquivo

Atualmente, a rede física escolar do município apresenta 96 unidades com infraestrutura em condições ruins e péssimas. Diante da situação, a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), trabalha na elaboração de um novo conceito de manutenção para os centros de ensino Infantil e Fundamental da capital focado no caráter preventivo e corretivo.

"Eu acredito que a política administrativa de reformas que, até então, vem sendo empregada está equivocada porque se gasta muito em reformas no sentido de serem corretivas, ou seja, depois que estraga se faz a manutenção. Então, não existia nenhum plano de manutenção preventiva e o foco precisa ser modificado", explicou o secretário de Educação, Rafael Cotrim.

O novo conceito levou em conta as denúncias do próprio prefeito Emanuel Pinheiro divulgadas nas redes sociais, requerimento de vereadores, repercussão da mídia, entre outros. Ao se deparar com a situação quando assumiu a pasta de Educação, o novo gestor, há quase 90 dias à frente da secretaria, determinou um levantamento que originou a necessidade do novo modelo.

Segundo o secretário, esse grande programa de prevenção propiciará, em médio prazo, o menor custo em reparos de emergência. De 2014 à 2016, cerca de R$ 31 milhões foram gastos em reforma emergencial e a tendência é diminuir esse montante com a aplicação do conceito de trabalhos preventivos e corretivos.

Entretanto, para colocar em funcionamento essa nova metodologia nas unidades em condições precárias, é preciso uma grande ação de reconstrução. "Estamos buscando alternativas, porém existem escolas que estão com o prazo de utilização vencidas, diante disso estamos criando um grande plano de reconstrução da rede física", revelou Cotrim.

O programa de reconstrução, em fase final de conclusão, estabelece um modelo de escola padrão para rede municipal de ensino que levará em conta a questão térmica, acústica, conforto, entre outros pontos com o objetivo de constituir uma maior durabilidade na vida útil da estrutura física da unidade, o que garante maior investimento em outras linhas de financiamento e preserva o principal recurso do município, a fonte 100.

Essa ferramenta de gestão será a grande "arma" para combater o desperdício de recursos públicos, ou seja, o planejamento será o foco da pasta de Educação para garantir mais recursos  para a necessidade de custeio dos equipamentos públicos especiais.  

Infraestrutura Precária

Das 96 unidades de ensino na capital com condições ruins e péssimas estão, principalmente, as escolas municipais de Educação Fundamental, tanto do campo quanto as urbanas, além das creches municipais (Educação Infantil).

São necessários R$ 57,8 milhões para serem investidos em reformas de banheiros, cozinhas, vedações, esquadrias, revestimentos, drenagem, reservatórios e sistema de tratamento de esgoto das respectivas unidades.

Reformas em Licitação

Ao todo, para os serviços de substituição de cobertura (telhado), forro e instalação elétrica, estão em licitação obras no valor conjunto de R$ 20,7 milhões, sendo quase R$ 18 para 33 Emeb e pouco mais de R$ 2 milhões para unidades de ensino infantil.    

Já para reformas gerais e execução do remanescente de vestiários e quadras esportivas cerca de R$ 7,8 milhões estão em processo licitatório para obras em sete escolas de Educação Fundamental.

Reformas em Execução

No momento, duas unidades estão com os serviços de reforma em execução, ambas com investimentos de pouco mais de R$ 2,9 milhões e a previsão de entrega dos serviços concluídos é para outubro deste ano.

Entre as unidades está a Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Gracildes de Melo Dantas a qual recebe os serviços de readequação do forro (telhado), do piso e entre outros. A creche Maria Fernandes Macedo é outro centro de ensino atualmente com os trabalhos em execução.