Educação / EDUCAÇÃO INCLUSIVA

23 de Março de 2018 12h05

Parceria entre Prefeitura e Ministério Público promove audiência pública pela educação inclusiva

23/03/2018

LUCIANA SOUZA

Jorge Pinho

Arquivo

Fortalecer a educação especial na rede pública de ensino da Capital, aperfeiçoando o atendimento e a melhoria da inclusão desta esfera e, assim, promover um efetivo controle social a partir da participação da sociedade na gestão educacional. Com esse objetivo a Prefeitura de Cuiabá, com a iniciativa do Núcleo de Defesa da Cidadania do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, realizou, na tarde desta quinta-feira (22), a audiência Pública “Todos Juntos por uma Educação Inclusiva”.

A ação, segundo o secretário de Educação, Alex Passos, é de extrema importância para a boa construção do processo educacional, sendo a união dos poderes uma facilitadora na equalização do sistema, uma vez que o Executivo municipal não consegue alcançar a todos e, iniciativas como essa, vem somar ao trabalho que a atual gestão já vem promovendo.

“Esse braço de apoio é salutar para o desenvolvimento e a qualidade do nosso sistema de educação inclusivo e, vem somar a todo o processo que está em andamento nas unidades da Capital. Através dessa parceria conseguimos abranger um número maior de pessoas, escutando-as e inserindo-as no processo, que é a melhor maneira de se construir algo de qualidade, principalmente quando tratamos de educação. Vejo aqui uma grande oportunidade para mostrarmos que o município, tendo à frente o prefeito Emanuel Pinheiro, mesmo com as dificuldades, está progredindo dentro de um sistema digno de inclusão social. Agradecemos aos nossos parceiros, que reconhecem isso e vêm somando junto conosco nessa luta por uma educação para todos,” destacou Alex.

Condutor da audiência, o promotor de Justiça da Cidadania, Miguel Slhessarenko Júnior, vê no evento a oportunidade de aperfeiçoamento do processo, com a sociedade tendo voz para trazer aos gestores suas reinvindicações e apontando também algumas soluções, visto que são essas pessoas que vivem a experiência diária de lidar com as limitações de um ser especial.  “ A forma de acertamos no processo é, com certeza, trazer essas famílias para junto da gestão, promovendo políticas a partir do olhar e da realidade de cada uma delas. Percebemos que esses chamamentos já estão surtindo efeitos, o município tem avançado em várias frentes, ampliado o atendimento, a estrutura das unidades educacionais e dentro disso, a capacitação dos profissionais, que é de suma importância ao desenvolvimento dessas crianças especiais”, ressaltou o promotor.

Atualmente, Cuiabá possui 168 unidades escolares e atende, matriculadas neste ano, mais 800 crianças especiais. Para a jovem Fernanda Rodrigues, 21 anos, irmã da sorridente Maria Eduarda, de 10, que nasceu com microcefalia, promover estas audiências é enxergar o valor da voz das pessoas na busca de um planejamento melhor dentro da educação. “Aproximar as esferas familiar e poder público, para gerir as ferramentas de maneira correta, adaptando-as de acordo com a necessidade de cada criança, promovendo o sentimento de pertença nelas e também conscientizando os demais que somos todos iguais”, disse Fernanda.  

A ação foi realizada na Emeb Ranulpho Paes de Barros e é a primeira que acontece na rede pública de ensino do município. De acordo com informações do Núcleo de Defesa da Cidadania, a expectativa é leva-la a todas as regiões da Capital, disseminado o conhecimento para que se promova de maneira completa a inclusão dentro da educação.

Avanços da educação na Capital – Além da construção de novas unidades escolares e reestruturação das que já estavam em funcionamento, adaptando a todas para atender as crianças especiais, o retorno da escola creche e o  aumento no serviço de ecoterapia, a atual gestão também vem trabalhando um processo de capacitação permanente dos profissionais, incluindo o aumento no quadro de cuidadores na rede de ensino.   Dentro deste contexto, a gestão está estudando a regulamentação do cargo de Cuidadora de Alunos com Deficiência (CAD), que passará a ser reconhecida como profissão, podendo, assim, o município realizar concurso voltado para estas vagas, para melhor atender a população, levando qualidade de vida a estas crianças.