Educação / PROJETO MÃOS AMIGAS

25 de Novembro de 2021 10h10

Estudantes participam de projeto piloto que discute a violência doméstica

25/11/2021

MARIA BARBANT

Jorge Pinho

Arquivo

Cerca de 250 estudantes do 9° Ano de três escolas da rede pública municipal de ensino estão participando do projeto piloto Mãos Amigas, criado pela Secretaria da Mulher e desenvolvido por meio de parcerias com as Secretarias Municipais de Educação e de Saúde, e o Tribunal de Justiça. A iniciativa, inédita, faz parte de uma campanha mundial de 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e visa sensibilizar, conscientizar e engajar a sociedade em defesa da causa feminina e contra a violência doméstica.

A secretária Municipal de Educação, Edilene de Souza Machado falou sobre a ação que contribui para a formação integral dos estudantes. “Uma das prioridades da gestão Emanuel Pinheiro é a formação humanizada e integral dos nossos estudantes. Nesse sentido a gestão investe na formação continuada de profissionais, nas ações que aproximam as famílias das unidades educacionais e em programas que possam contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, disse a gestora.

Cumprindo a programação de ações previstas na campanha, a  secretária Municipal da Mulher, Luciana Zamproni ministrou a palestra na manhã desta quarta-feira (24), na Escola Municipal de Educação Básica do Campo (EMEBC) Nossa Senhora da Penha de França, no Distrito do Coxipó do Ouro. A unidade educacional atende 440 estudantes, de 16 comunidades próximas, da Educação Infantil (Jardim II e Pré Escola I e II), ao Ensino Fundamental (do 1º ao 9º Ano) com duas turmas do 9º Ano e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

De acordo com a secretária Municipal da Mulher, Luciana Zamproni quando se fala sobre violência doméstica é importante pensar que tudo começa na base. “Se não falarmos com as crianças não quebramos esse ciclo de violência. Então, em março, criamos o Projeto Mãos Amigas com capacitação para os profissionais da saúde e da assistência social e a sensibilização dos alunos. Neste ano iniciamos o projeto piloto e no ano que vem, daremos continuidade. Cuiabá é mais uma vez um case de sucesso. Sai na frente sensibilizando seus alunos e profissionais para discutir sobre o tema. A gestão humanizada do Prefeito Emanuel Pinheiro tem esse perfil e trabalha na transversalidade e, em cada escola que esse projeto passar, nós teremos seres humanos melhores e construção de famílias melhores”, disse ela.

Além das palestras onde são repassadas informações sobre os tipos de violência, a Lei Maria da Penha, rede de apoio e orientações sobre o que fazer, os estudantes recebem uma cartilha. A proposta, é fazer com que eles possam se tornar multiplicadores dessas informações na escola, na sua família e na comunidade onde vivem.

O diretor da EMEB Nossa Senhora da Penha de França, Ednilson Albino de Carvalho, acompanhou a palestra e disse que o diálogo sobre os direitos da mulher é pertinente, atualizado e fundamental para a formação integral dos estudantes. “Tudo que puder contribuir para a paz nas famílias e nos lares, para a paz construída com base no respeito, na valorização de gênero, é importante para a formação do ser humano. Na verdade, esse diálogo é pertinente para todo o processo formativo do estudante e fundamental. Tratar dessas questões, refletir com os estudantes pra que eles possam se tornar protagonistas nessa relação é também o papel da escola. E, a violência contra as mulheres, a violência doméstica não é uma pauta só das mulheres e sim de toda a sociedade”, disse o diretor escolar, Ednilson Albino de Carvalho.

O estudante Gabriel Santana de Almeida, 14 anos, morador da comunidade de Barreiro Branco considerou a palestra positiva. “Bem legal e importante vai fazer um bem enorme para a sociedade. Tem coisas que eu não sabia sobre a Lei Maria da Penha e o conhecimento ajuda as pessoas a melhorarem. A cada palestra e projeto que a gente participa aprendemos mais e nos preparamos para enfrentar o mundo. É uma semente que é plantada e que precisamos cultivar”, disse Gabriel de Almeida.

Cintia Lorraine Campos Nascimento, de 15 anos, também moradora da comunidade do Barreiro Branco disse que a palestra trouxe informações que não conhecia. “Achei super importante. Não sabia que existiam várias formas de violência e achei importante falar sobre o tema na escola”, disse ela.  

A palestra já foi realizada no dia 22 para estudantes da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Ranulpho Paes de Barros, localizada no bairro Santa Isabel e no próximo dia 26, será na Escola Cívico Militar Cuiabana (ECIMC) Prof.ª Maria Dimpina Lobo Duarte, localizada no bairro Coxipó.