Controladoria / ÉTICA E CIDADANIA

28 de Outubro de 2017 10h35

Programa de ética e cidadania é encerrado com apresentação de estudantes da rede municipal

28/10/2017

Luiz Alves

Arquivo

A Controladoria Geral do Município realizou a culminância do projeto “Um por todos e todos por um: Pela ética e cidadania”, desenvolvido na rede municipal de Educação, em parceria com a Controladoria Geral da União, desde 2014. O evento aconteceu na Escola Municipal de Educação Básica Profª Joana Dark da Silva, no bairro Real Parque.

Neste ano, 54 escolas municipais foram contempladas com o projeto, com um total de mais de 5.000 alunos participantes, com idades entre 10 e 12 anos, das turmas de 4º e 5º ano do ensino fundamental.

A coordenadora de Transparência da Controladoria do Município, Jolice Acosta, conta que ao longo do ano o órgão vem capacitando os professores das escolas participantes e acompanhando os trabalhos.

“Nestes quatro anos de atividade, pudemos perceber uma grande melhora no projeto, pois a cada ano que passa, conseguimos alcançar mais unidades. Em 2014, começamos com apenas 19 escolas e hoje já são mais de 50. Para nós, isso é gratificante, pois significa mais crianças alcançadas com lições práticas de cidadania e ética, ou seja, crianças bem instruídas sobre como viver em sociedade”, pontuou Jolice.

O programa tem material didático, que é inserido no planejamento de currículo anual. Os módulos são, em ordem: Autoestima; Ser Diferente é Legal e Brasil, um Brasil Brasileiro.

O objetivo de cada um deles é construir valores sólidos que contribuam na evolução dos estudantes, enquanto discentes e também cidadãos integrantes da sociedade.

A coordenadora pedagógica da escola, Laura Helena Ribeiro, explica que mudanças positivas foram bem perceptíveis nas crianças, ao longo do ano letivo.

“Nós percebemos que as 125 que participaram da escola, tiveram uma mudança radical no comportamento. Elas passaram a cultivar mais a solidariedade dentro e fora da sala de aula, a expressividade delas melhorou, a postura reflexiva também evoluiu. De modo geral, o Um por todos e todos por um: Pela ética e cidadania, teve resultado muito positivo para nós”, afirmou.

Para as famílias das crianças, estes resultados também foram bem positivos e muito visíveis. De acordo com Karen Favoni dos Santos, mãe do João Gabriel de 10 anos, este trabalho pedagógico foi impactante na vida do filho, pois “reforçou ainda mais os valores que ele já levava consigo. Os valores éticos sob os quais ele foi criado”.

A mãe ainda frisa que é importante divulgar este trabalho, pois diante da evolução acentuada que viu no filho, acredita que mais famílias e pais poderão ser positivamente influenciados. “Inclusive, isso motivaria mais aos pais em querer participar da vida escolar dos filhos, fora dos limites físicos da escola. E a partir dali, a sociedade começa a andar para frente”, justificou Karen.

Já Elma Foggaça, mãe do Emanuel (11 anos) e do Erik (10 anos), explica que a autoconfiança e maturidade dos filhos aumentou significativamente durante o ano.

“Eu percebi que os meninos ficaram mais conscientes da sociedade, mudaram o seu olhar para o mundo. Tanto é que eu, às vezes, conversando com eles ouvia-os tendo uma conversa de gente adulta comigo, sobre o mundo e a vida. O Emanuel que é o mais velho, era muito tímido. Mas agora, já fala mais, expressa o que está sentindo e tem a cabeça mais centrada”, exclamou.

O próprio Emanuel reconhece esta evolução ao afirmar que um dos aprendizados tirados foi o respeito ao próximo e às diferenças.

“Eu achei legal, porque pude ver a dificuldade que uma pessoa com deficiência tem para se locomover, enxergar, etc. E foi bom também porque meu comportamento melhorou muito, parei de conversar em sala de aula, de correr no pátio, etc.”, afirmou.