Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência / OUTUBRO ROSA

20 de Outubro de 2018 12h00

Prefeitura desenvolve ações de prevenção ao câncer de mama na região Sul

20/10/2018

LUCIANA SOUZA

Vicente Aquino

Com a premissa de chamar a atenção da população cuiabana da importância da prática dos cuidados diários na prevenção ao câncer de mama, a Prefeitura de Cuiabá -  abraçando a Campanha Mundial Outubro Rosa – está desenvolvendo várias ações abordando o tema do movimento, pelas quatro regiões da Capital. E nesta quarta-feira (17) e quinta-feira (18), as comunidades as equipes da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, em conjunto com a Associação MT MMAMA estiveram em contato com as comunidades da região Sul da Capital.

Ao longo dos dois dias, as comunidades puderam participar de palestras, caminhadas e receberam uma série de informações e exercícios sobre a prevenção do câncer de mama. No dia 17, foi a vez das mulheres assistidas pelo Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Osmar Cabral.

“Parece algo pequeno, mas promover essas ações nas comunidades carentes traz grandes resultados e salva muitas vidas. Podemos constatar isso nos depoimentos diários que recebemos da população assistida. É uma pessoa que conta que após as informações conseguiu detectar algo. Outra já fala do tabu que foi quebrado.  Algumas relatam de como descobriram que não sabiam nada sobre o tema. E é isso que faz a diferença nessa luta. É isso que a gestão vem construindo: um rede de humanização, que consiga alcançar cada dia mais pessoas e levar o máximo de informações para elas, sempre com acesso a serviços de qualidade”, destacou a coordenadora do Cras Osmar Cabral, Onilce Helena Nascimento.

Nas ocasiões, mais de 80 pessoas assistiram a palestras ministradas pelo MT MMAMA, com o tema “Prevenção de Conscientização” e participaram da Caminhada pela Vida. Dentre os pontos tratados, a questão do preconceito teve destaque. 

Para a senhora Maria Lúcia Ferreira, 49 anos, essas ações têm grande eficácia no processo de prevenção e cura da doença.  Maria contou que está em tratamento da doença há cinco meses e que a descoberta precoce do nódulo, foi o grande ponto para o resultado positivo do tratamento. Ela lembrou do preconceito que sentiu por alguns lugares que passou, após seu cabelo ter caído e ter que usar lenços e alguns adereços.

“Descobri o câncer durante um exame de rotina. No começo, assustou, fiquei muito triste e com medo. Mas com o diagnóstico rápido e todas as explicações do médico, o amor recebido da minha família e amigos, fui ficando mais calma e confiante. Meu organismo tem reagido muito bem e tenho progredido bastante. Diante desse processo, prestei atenção que as pessoas ainda têm muito preconceito com a doença. Vi que por onde eu passava, elas me olhavam de forma preconceituosa. Teve um dia que uma moça trocou de lugar no momento em que eu sentei próximo dela. É triste descobrir essa falta de informação das pessoas. Então, isso nos faz entender que precisamos promover, a cada dia mais, eventos como esse, para quebrar esse tabu e salvar vidas. O câncer não vê idade, cor, religião, condição financeira. Ele pode acontecer com qualquer pessoa”, explanou Maria.

Entre o público dos eventos estava também Maria Pereira Camargo. A senhora de 56 anos participa das atividades da unidade assistencial. Ela disse que a vida dela e da família tem melhorado muito após participar dessas atividades.

 “Eu tinha um pensamento muito fechado quanto ao assunto. Sempre achava besteira esses cuidados em excesso. Hoje não. Hoje eu olho diferente quando participo dessas palestras e recebo essas informações. Vejo que tudo coopera para nossa qualidade de vida. Além disso, aqui no Cras também consegui aprender novas ferramentas de trabalho. Com os cursos que foram oferecidos, já estou aumentado minha renda e conseguindo ajudar minha família. Só tenho a agradecer a todos”, concluiu.

Finalizando as ações da região Sul, os presentes deixaram um mensagem para a população, de amor, esperança, fé e gratidão” para vencer a doença. Não esmoreçam. Se unam e lutem bravamente. Façam o autoexame, perguntem, leiam, venham nos eventos, olhem para as pessoas com respeito. É assim que somos vencedores e vencedoras.”